quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cuidado: crentes casquinha de ovo

Cuidado: crentes casquinhas de ovo

A Igreja de Cristo nas últimas décadas enfrenta dificuldades imensuráveis - a Igreja sempre enfrentou problemas e dificuldades, em todas as eras, porém, nos nossos dias eles estão mais acentuado.
Além de ataques diretos de satanás, a Igreja também tem enfrentado perigos que falsos mestres tem levantado (II Pe 2.1), as falsas teologias adentram, sutilmente, no meio da Igreja do Senhor. Mas, um mal assombra ainda mais, é a síndrome do crente casquinha de ovo.

Antes de mais nada, quero aqui, esclarecer que este artigo não tem por objetivo apontar dedo para ninguém, é Deus que julga e conhece os corações ( I Sm 16.7; Salmos 4), ademais, quem sou eu para jogar a primeira pedra? (Jo 8.7).

Quando lemos a passagem em que escreve  João, o discípulo amado, no capítulo 6 e versículos 41 a 71, notamos algo muito interessante.
Após um discurso duro de Jesus aos seus seguidores, alguns dentre eles deliberaram ir embora, pois, para eles o discurso era inaudível. Para eles, o discurso foi ultrajante.
Para entendermos o contexto da passagem faz-se necessário uma sucinta explicação contextual-histórica.

No aludido capítulo, o Mestre Jesus está no apogeu de seu ministério. Ele, como diz Myer Pearlman no seu comentário, "Era o Homem do momento". A multidão que o seguia era grande, aproximadamente 5 mil homens exceto mulheres e crianças, segundo alguns estudiosos havia ali cerca de 15 mil pessoas ao todo. A influência de Jesus já era tamanha, sua popularidade era colossal. 
Alguns viam em Jesus um escape nacional, pois, a nação israelense estava subjugada pelo império romano. Para alguns de seus seguidores, Jesus era o Messias político que iria libertar o povo e restaurar a nação. Percebendo Jesus o que passava na mente do povo, decidiu pregar um sermão na qual mostrava o que realmente era Seu Ministério terreno - o de restaurar vidas, alimentar suas almas espiritualmente com o pão da vida e mostrar-lhes a salvação eterna. Quando alguns depararam com este Messias, assustaram. Os desertores pensaram segundo Pearlman : "Se é assim o Messias, não queremos saber dele".
Simplesmente foram embora porque o discurso não lhes era favorável. Agiram como discípulos casquinha de ovo, ou seja, que se quebra fácil.

Enquanto lia esses versículos notei o quão atual é sua mensagem. Nossas Igrejas estão cheias de crentes como os discípulos desertores, casquinha de ovo. A Palavra, para esses, não pode vir dura, jamais! Eles se machucam, se ofendem se a Palavra for dura. Querem uma mensagem mais apropriada para eles, do contrário, irão para  outra igreja. É assim a mentalidade de alguns discípulos de hoje; não querem mais deixar a Palavra moldar o seu coração, eles preferem moldar a Palavra.

Aos que pensam igual aos discípulos que abandonaram Jesus, digo-lhes: Cuidado! Jesus é o único Caminho que leva ao Pai (Jo 6.47).
Ponderem! Deus não trabalha conforme a nossa vontade. Ele fala aquilo que necessitamos ouvir, mesmo que isso venho-nos machucar, pois, Deus corrige a quem Ele ama (Pv 3.12). 


Em Cristo, o Deus que faz separação entres os verdadeiros discípulos e os seguidores casquinha de ovo.

Weder F. Moreira


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