O evangelismo completo
Nesta lição abordaremos o evangelismo integral, a importância da evangelização das crianças, a relevância do evangelismo apologético e força do discipulado.
Evangelização integral
O evangelismo integral é de suma importância para a igreja, uma vez que atinge todas as áreas e âmbitos. Esse evangelismo é aquele que atinge todos os locais.
Objetivos da evangelização integral
A ordenança imperativa de Jesus Cristo registrado em Marcos 16.15, nos mostra que é tarefa de todo cristão autêntico levar a mensagem do evangelho. Todavia, o que temos visto nos dias hodiernos é uma verdadeira discrepância a cerca do que Jesus nos ordenou.
Infelizmente, o que temos mais visto é pequena parcela de irmãos fazendo o trabalho evangelístico sozinhos, enquanto que Bíblia nos ensina que a tarefa é de toda a igreja.
O objetivo da evangelização integral, como o próprio nome já diz, é fazer o trabalho evangelístico com o apoio de todas as pessoas e congregações disponíveis a cumprir o “ide” do Senhor, tendo como objetivo buscar as almas perdidas, atingindo todos os lugares possíveis.
Uma maneira interessante para fazermos esse tipo de evangelismo tão abrangente é, sem dúvida alguma, adotar uma postura investigativa e métodos de pesquisa a fim de conhecer melhor o campo que irá ser explorado. Criar uma espécie de censo comunitário é uma arma a favor da facilitação do evangelismo. Esses tipos de censo devem ter por finalidade levantar o perfil religioso da cidade, bairro ou região para levar a mensagem específica àquele tipo de pecador. Vale ressaltar que essas pesquisas facilitam também os métodos de evangelização e como se dará o contato, se por telefone, carta, e-mail e etc.
Exemplo: Suponhamos que uma igreja deseja fazer evangelismo em sua cidade, que tem aproximadamente 45000 habitantes com 43 bairros, o grupo organizador deseja então atingir todos os pontos da cidade a fim de levar a mensagem a todos. Eles decidem então pesquisar em cada bairro com intuito de saber qual é o público que irão evangelizar. Decidem que é preciso fazer a pesquisa com 10% da população o que totalizaria 4500 pessoas. Pegaram então o número de 4500 e dividiram em 43, que é o número de bairros, que resultou em aproximadamente 105 pessoas. Ou seja, para fazer uma pesquisa completa da cidade, investigando o público que irão lidar, eles necessitarão pesquisar 105 pessoas em cada bairro.
O comprometimento total
Para se fazer uma obra tão laboriosa é necessário o máximo de comprometimento dos envolvidos. Isso não quer dizer que o evangelista deve abandonar seus afazeres cotidianos e dedicar-se somente para a obra evangelística. Entretanto, como diz as Sagradas Escrituras em Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente”.
Instrumentos utilizados pela evangelização integral
A igreja do Senhor necessita de sabedoria para utilizar de todos os meios disponíveis para levar o nome de Cristo. Pode-se levar o evangelho através das artes e as ciências.
Nas artes podemos citar o teatro com mensagens cristãs; orquestras entoando louvores para Deus, corais e bandas. No âmbito das ciências podemos citar a Psicologia, o Jornalismo, a Filosofia e etc. Todas essas ciências podem servir de ponte para levar a mensagem do evangelho, por meio de palestras, consultas e utilização dos meios de comunicação.
Evangelismo apologético e pré-evangelização
Assim como na Grécia Antiga, onde os filósofos sofistas utilizavam de argumentos e raciocínios falsos para induzir seus alunos e defenderem suas teses, muitos por aí tem utilizado desse meio para deturpar as Palavras Sagradas. Por esse motivo é necessário que o crente evangelista esteja preparado para saber defender sua fé e ao mesmo tempo fazer evangelismo. Temos visto por aí que a comunidade cristã não utiliza meios para atingir os membros de associações sectárias. É indispensável, portanto, que a Igreja do Senhor utilize do evangelismo apologético para alcançar essas almas, pois, essas pessoas também estão perdidas. Observa-se em nossas congregações, uma reação até hostil por membros de seitas, esquecemos, muitas das vezes, que eles também possuem almas e que necessitam conhecer a salvação real.
O evangelismo apologético
O termo apologética vem do grego apologia e quer dizer defesa. Esse termo é encontrado oito vezes no Novo Testamento. Consiste em defender a verdade dos ataques malévolos.
Evangelismo apologético consiste, portanto, em anunciar as boas novas e ao mesmo tempo estar preparado para defender a mensagem sublime de Cristo, fazendo com que o evangelismo tenha um embasamento e anule os sofismas.
Segundo o pastor Esequias Soares, o conceito de apologética tem quatro sustentáculos: defender, refutar, exigir e vindicar.
Defender = proteger das doutrinas más e dos seus ataques.
Refutar = desmentir – destruir as mentiras que vociferam contra a verdade.
Exigir = requerer com direito – requerer que a verdade seja considerada.
Vindicar = recuperar a verdade.
Em 2 Coríntios 10.4,5 vemos que nossas armas não são carnais, ou seja, o cristão não sai por aí brigando fisicamente com ninguém, pelo contrário o cristão verdadeiro vence as batalhas no campo das idéias, com auxílio do Espírito Santo.
Exemplo: O cristão é um advogado que quando vê as verdades bíblicas sendo atacadas no tribunal da vida, prepara argumentos consistentes e racionais a fim de tirar as Sagradas Letras da berlinda.
A preparação para um evangelismo apologético
A apologética evangelística tem duas bases: conhecimento bíblico e conhecimento dos sistemas do mundo. O conhecimento bíblico dá ao evangelista capacidade para destruir qualquer argumentação contra a Palavra de Deus e convença o pecador da verdade. 2 Timóteo 2.15 registra que devemos manejar bem a Palavra da Verdade.
É importante para o evangelista ter um conhecimento razoável a cerca de assuntos diversos, para comprovar tal assertiva basta lermos 1 Timóteo 4.13, na qual o apóstolo Paulo instrui o jovem Timóteo a persistir em ler, a adquirir conhecimento.
Muitos cristãos em nossos dias fazem jus ao título que a sociedade outorga aos crentes: alienados. Estão alheios ao que os cerca. Não procuram aprender e saber o que está acontecendo, a saber, assuntos diversos e específicos. Recomendo aqui que os irmãos procurem por meio da leitura de livros, revistas, jornais e periódicos o conhecimento.
O combate às ideologias satânicas
Cabe a Igreja a defesa e sustentação da verdade, portanto, é tarefa dela o combate as manifestações da ideologia satânica, que envolve imoralidade, projetos contra a família e contra a vida.
Esse combate por ser feito da seguinte maneira:
1- Posicionamento da Igreja de tudo que é antibíblico. Esse posicionamento pode dar-se pelos meios de comunicação. A Igreja deve protestar contra atrocidade que acometem a sociedade, como por exemplo: crimes sexuais, homossexualismo, divórcio, violência e etc. Vale lembrar que através desse posicionamento a Igreja mostra as verdades morais e sociais à população. Esse procedimento deve ser feito constantemente, pois o mal não pode operar com liberdade.
2- Preparo de crianças, adolescentes e jovens por meio da EBD, estudos bíblicos e demais atividades que fazem com que essas pessoas dessas faixas etárias venham adquirir conhecimento sobre verdades bíblicas e morais.
3- Oração e jejum, haja vista nossa batalha se dá no âmbito espiritual.
Pré-evangelização
Pré-evangelização, no sentido apologético, é a fase de preparação para a proclamação da mensagem salvadora. Nesse estágio, que antecede ao evangelismo e as cruzadas, é necessário anular todos os argumentos anticristãos. Em síntese, é preparar o terreno, tirando todos os pré-conceitos do pecador, e depois disso levar a mensagem.
A pré-evangelização facilita a obra do evangelismo.
Exemplos práticos de pré-evangelização
A conduta contrária da Igreja sobre determinados assuntos devem estar evidenciadas em cartazes, jornais, panfletos e demais meios midiáticos.
O cuidado com os novos convertidos
Jesus disse em Mateus 28.19 e 20: “... ide, fazei discípulos de toas as nações... ensinando-os observar todas as coisas que vos tenho mandado...”
Isso explica que Cristo não tinha por objetivo evangelizar e salvar as pessoas como também aperfeiçoar, por meio do estudo sistemático da palavra, os pecadores.
O discipulado tem por fim fortalecer a fé de novos cristãos para que eles tenham sustentáculo na caminhada espiritual.
O discipuladoNada mais é que um período de ensino das Escrituras aos novos crentes. O discipulado deve ter início na mesma semana em que o novo crente teve seu encontro com Cristo.
Isso porque no início é onde o discipulador encontra maior facilidade, pois o novo crente tem sede de Deus e por Sua Palavra.
O discipulado pode ser dividido em dois ramos: o formal e o informal.
O formal caracteriza-se pela realização do estudo no templo, na residência do novo convertido ou na própria casa do discipulador. Já o discipulado informal é caracterizado em no cotidiano, nas conversas com crentes mais maduros, onde as verdades centrais bíblicas são transmitidas.
É bom lembrarmos que o discipulado formal pode e deve ser feito - com o consentimento da família - na residência dos novos crentes. Pois isso poderá fazer com que os novos irmãos vejam a necessidade consagrar seus lares a Cristo.
Qualidades do discipulador
É necessário que o discipulador tenha virtudes requeridas na Bíblia Sagrada. Essas virtudes podem significam uma vida espiritual saudável; ações na obra de Deus; amor pelo ensino da Palavra de Deus e pelas almas; família estruturada; conhecimento bíblico suficiente; bom testemunho na igreja e diante dos não-crentes; humildade e etc.
Os temas e os materiais apropriados para o discipulado
Os temas para o discipulado devem ser relacionados aos fundamentos da fé cristã, para que haja nos novos cristãos bases para conhecerem o caminho da vida.
Graças a grande quantidade de excelentes editoras cristãs no mercado editorial, temos a disposição material de ótima qualidade. Destaco aqui o material da CPAD, que oferece as revistas para o discipulado.
O pós-discipulado
Após concluir o discipulado, o novo crente estará apto a ser batizado e a participar regularmente das atividades da igreja.
Os objetivos do discipulado
São objetivos do discipulado:
1- Despertar os novos crentes para o estudo da Palavra de Deus
2- Incentivar o novo crente à prática da oração e do jejum.
3- Levar recém-convertidos à prática cristã do amor ao próximo e do perdão.
4- Fortalecer a fé dos novos crentes, pois sem fé é impossível agradar a Deus.
A evangelização das crianças
Como disse certa vez um célebre homem: “As crianças de hoje serão, em breve, os adultos e a sociedade de amanhã”.
Com essa assertiva percebemos então que é imprescindível que a igreja que tenha o anseio de evangelizar, tenha um método específico para alcançar crianças, especialmente àquelas das faixas etárias entre 0 a 14 anos. Uma vez que nessa faixa etária as crianças estão construindo seu caráter e reunindo conhecimento. Ou seja, são os anos propícios para que o evangelho encontre guarida na mente e no coração dessas crianças.
A Bíblia e as crianças
Há inúmeras passagens que mostram que as crianças são relevantes para o Reino de Deus. O próprio Jesus deu o exemplo de enxergar as crianças como sendo um campo evangelístico. Marcos 10. 13-16.
Em Provérbios 22.6 Salomão nos ensina que devemos instruir a criança no caminho em que ela deve andar, para que no futuro não venha se desviar dele. No livro de Deuteronômio 4.6 vemos que a ordem era para que os pais ensinassem seus filhos. Isso evidencia que é obrigação dos pais a disponibilização do ensino aos filhos, infelizmente, muitos pais tem deixado essa tarefa para o Estado, para a igreja e seus departamentos a fim.
As crianças de 0 a 14 anos
As crianças nessa idade no Brasil, correspondem a cerca de 28,63% da população brasileira. Isto significa que há nos dias atuais aproximadamente cinqüenta e dois milhões de crianças nessa faixa etária. Número que se sobrepõe acima de índices populacionais de vários países. É realmente um grande campo missionário.
Ratifico que, nessa fase da vida, as crianças estão propícias a receber o evangelho, diferentemente dos adultos, que tem suas ideologias formadas e são mais resistentes.
Um outro aspecto importante é que as crianças nacionais passam dificuldades sociais, morais e físicas. Passam fomes, sofrem violência doméstica e sexual, exploração infantil, padece com divórcio de suas famílias e a desestabilização familiar, causando desordem. Há também a má qualidade dos serviços oferecidos pelo Estado, que permite que haja distinção entre as classes, que os alunos que freqüentam as escolas, sofram de um mal humilhante chamado bullyng. Isso, em longo prazo, resultará em adultos problemáticos e que sofrem com depressão e baixa autoestima, definhando-se com problemas emocionais. Um exemplo personificado é o caso recente da tragédia do Realengo, Rio de Janeiro, quando o jovem Wellington invadiu sua ex-escola e matou várias crianças e deixando outras feridas, tudo por causa de uma seqüela de humilhação que sofreu na infância, claro que nesse caso é evidente a manipulação de satanás através dessa fraqueza do rapaz.
Concluímos, então, que o papel da igreja é de extrema relevância para a comunidade em geral, pois a mensagem do evangelho tem poder para transformar vidas e restaurar o mais vil pecador, apagando os resquícios que marcaram a vida de muitos.
Não posso deixar de falar, ainda, a cerca da exposição demasiada que nossas crianças estão tendo diante da mídia. Mídia essa que não oferece nada de proveitoso, salvo raríssimas exceções, se é que possui, realmente, exceções. Tenhamos mais cuidado.
A evangelização na infância
A evangelização de crianças não-crentes pode ser feita através da Escola Bíblica Dominical, nas Escolas Bíblicas de Férias e cultos específicos com as crianças.
A recompensa do evangelista
Veremos que o trabalho do evangelista não é em vão no Senhor. 1 Coríntios 15.58.
A persistência gera resultados
A obra do evangelismo nem sempre é recompensa imediatamente, a salvação de almas, às vezes é demorada. Entretanto o evangelista não deve desanimar, deve persistir.
Em Mateus 13. 1-8 é uma confirmação dessa persistência. O evangelho nessa passagem é comparado a uma semente e os pecadores são os campos. A semente pode cair em vários campos e não florescer em nenhum deles, todavia, haverá um campo em que ela brotará, basta que o evangelista não desista facilmente.
O galardão do evangelista
Paulo, o grande evangelista dos gentios, disse que sua recompensa era análoga ao uma coroa de justiça. A recompensa é tão grande que os autores bíblicos mencionam de maneiram simbolizada que é comparada a uma coroa. Pedro chega a dizer que os evangelistas serão co-participantes da glória que há de ser revelada.
Ademais, Deus nos recompensará segundo nossas obras. Apocalipse 22.12.
Concluímos, portanto, que o cristão verdadeiro faz, de uma maneira ou de outra o evangelismo, a fim de levar almas aos pés do Senhor. E você o que tem feito?
Síntese teológica ministrada por mim durante o curso teológico à distância do IBAD, em Ituverava. Peço desculpas aos irmãos, haja vista não ter tempo para correção de possíveis erros ortográficos e gramaticais.
Cordialmente,
Weder F. Moreira
paz do senhor querido ... eu achei lindo seu blog .. mais fikaria grata se visitase o meu http://parandopararefletirje.blogspot.com/
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