sábado, 26 de fevereiro de 2011

Parábolas Mateanas: Uma Síntese

Parábolas Mateanas: Uma Síntese



Os Fundamentos


Jesus conclui a exposição do Sermão do Monte com uma última ilustração conhecida como a Parábola dos Dois Alicerces ou Fundamentos (Mt 7.24-27). Esta ilustração exortarva o povo a praticar os ensinos de Jesus (v.28). A parábola classifica dois tipos de ouvintes e alicerces. O primeiro é o ouvinte sensato, no original “o que age com sabedoria”, a mesma palavra para “prudente” em 10.16 (phronimos). Este edifica a sua casa sobre a rocha. O segundo, que edifica a sua casa sobre a areia, é o insensato, no original, “estulto”, “que age sem refletir” (mōros). O termo é traduzido por “louco” em 5.22, e entre os judeus, chamar alguém de mōros era uma ofensa grave, passível de juízo. Porém, o termo é usado nesta ilustração para ressaltar a distinção entre o ouvinte prudente e o insensato, entre aquele que ouve e pratica e o que ouve, mas não pratica.


Cristo o tesouro incomparável


Uma leitura atenciosa do capítulo 13 de Mateus revela sete parábolas dispostas tecnicamente a fim de transmitir todo o impacto da mensagem do Reino. Três parábolas tratam das pessoas (semeador, trigo e rede), e quatro da natureza do Reino (grão, fermento, tesouro, pérola).
A parábola do semeador, discorre sobre quatro tipos de ouvintes (13.3-9; 18-23). As do trigo e do joio (13.24-30; 36-43), e da rede (13.47-50), do caráter dos ouvintes. Todavia, a do grão de mostarda e do fermento, do crescimento misterioso do Reino à parte de seu ínfimo início (13.31-35). As parábolas do tesouro escondido e da pérola argumentam do valor do reino e da racionalidade em escolhê-lo (13.44-46). A comparação do Reino aos elementos básicos do cotidiano no tempo de Jesus como o trigo, o grão, e o fermento, contrastavam com a riqueza e glória do reino esperado pelos judeus – malkût Iahweh. Contudo, a glória do Reino dos céus não está em seu princípio, mas no seu final glorioso (v.43) e na alegria dos seus participantes (v.44).

Lançai a Rede


A Parábola da Rede reafirma o tema ético e escatológico tratado na do Trigo e do Joio. Ao considerarmos a dimensão ética, observamos que Jesus atenta para a existência de um corpo misto na comunidade do Reino: Trigo e joio, peixes bons e maus (Mt 13.25,48). Os “peixes bons” são inevitavelmente os “filhos do Reino” representados também pelo “trigo”, enquanto, os “peixes maus” são os “filhos do Maligno” ou “joio”. A figura do “campo” e do “mar” são ilustrações semíticas do mundo, enquanto o que se colhe deles representa os seus habitantes (Mt 13.37; Dn 7.3; Ap 13.1). O teor ético do ensino se estende ao juízo comunitário. Este resulta da constatação da mistura entre bons e maus, de “toda qualidade de peixes”. Portanto, o tema do julgamento acha-se implícito na parábola, bem como em todo o evangelho de Mateus (Mt 7.1-5). Jesus admoesta-nos a uma atitude cautelosa na hora de julgar, de discriminar entre bons e maus (Mt 13.18-29). A transição do ético para o escatológico ocorre quando o Mestre garante a devida separação e a justa retribuição na “consumação do mundo” (v. 40), ou “consumação dos séculos” (v.49).


Ser Compassivo


A Parábola do Credor Incompassivo (Mt 18) compara o Reino dos Céus a um monarca que convoca os devedores do reino para um acerto de contas. O contexto (vv.15-22) explica o propósito da ilustração que, por estilo inverso, ressoa a Oração Dominical: perdoar a ofensa alheia assim como somos perdoados por Deus (Mt 6.12; 18.23-30). Na Oração dirigimo-nos a Deus conforme o tratamento dispensado ao outro: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores”. Nesta, o nosso relacionamento com o outro deveria ser proporcional ao do Senhor para conosco. Em Mateus 6, a relação é eu-outro e Deus, enquanto em Mateus 18, Deus-eu e o outro. Na primeira, somos perdoados por Deus conforme o indulto que concedemos ao outro (causa imanente). Na segunda, devemos perdoar o próximo conforme somos perdoados por Deus (causa transcendente). Os dois ensinos se completam e formam um ciclo contíguo de causa e efeito condicionais: se perdoo o outro sou absolvido da culpa por Deus; se Deus me perdoa, não devo imputar ao meu próximo a sua falta.


Trabalhemos aguardando não mais do que a justa retribuição


A Parábola dos Trabalhadores situa-se no final do ministério de Cristo na Pereia. Entre os temas tratados encontra-se o divórcio (Mt 19.1-12) e o perigo das riquezas (Mt 19.16-20.16). Este último, com um refrão admoestador em 19.30: “Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros”, serve de fundamento para o capítulo 20, que nos versículos 8, 16 e 27 ressoa a fórmula com a ordem invertida. A discussão com o jovem rico suscitou o tema da hierarquia no Reino dos Céus, em que os “primeiros” referem-se aos judeus legalistas e ricos, enquanto os “últimos” aos pecadores e pobres da comunidade (19.19). Na Parábola dos Dois Filhos (Mt 21.28-32) o tema é retomado na oposição entre “primeiro”(pecadores) e “segundo” (líderes judeus), e, na Parábola dos Trabalhadores, nos que são recrutados entre a primeira até a hora undécima. Os judeus abastados e legalistas achavam que na manifestação do reino Messiânico ocupariam as primeiras posições em detrimento aos publicanos e pecadores. Todavia, Jesus ensina que a justiça divina não se baseia na exata retribuição das capacidades (Mt 20.10), mas na misericordiosa e justa atenção às necessidades do próximo (v.9,13). Os “últimos” aceitaram humildemente o trabalho, confiando na bondade do vinhateiro, enquanto os primeiros, no desempenho das suas capacidades. A justiça humana é distribuitiva, mas a divina, misericordiosa.


O Filho Arrependido


A Parábola dos Dois Filhos é singular dentro das narrativas do ministério terreno de Jesus Cristo. O contexto desta tem como cenário a aproximação da Páscoa (Jo 11.55-12.1,9-11; 12; Mc 11.1-11; Mt 21.1-11; Lc 19.29-44, etc.) e o término do Ministério Público de Jesus – são os seus atos e palavras na semana de sua crucificação. Os líderes judeus, inconformados com a entrada triunfal de Jesus, questionam a autoridade com que ele realiza os milagres (v.23). Diante de sua morte iminente, Jesus altera a direção de seu discurso (Mt 20.18). Antes as parábolas serviam para ocultar o ensino do Reino dos mestres judaicos, agora, ousa dar-lhes a explicação, afrontando-os (vv.31,32). Os líderes da religião judaica são o “segundo filho”, que promete, mas não cumpre, enquanto, os pecadores são o “primeiro filho”, que se negam a ir, mas depois vão. O segundo filho é hipócrita (23.13s.), incrédulo e obstinado (v.32), o primeiro sincero, crédulo e arrependido (v.29).


Sentença Contra a Religião Oficial

Os capítulos 21, 22 e 23 de Mateus são os discursos mais severos de Jesus contra as autoridades da religião judaica. São três parábolas que descrevem a rejeição dos líderes judeus: Dos Dois Filhos (21.28-32), dos Lavradores Maus (vv.33-46), e a das Bodas (22.1-14). Na primeira, os líderes rejeitam a autoridade de Jesus e de João. Na segunda, repelem os profetas e o Filho. Na terceira, recusam-se a participar do Reino glorioso de Deus. Embora mantenha as devidas distinções, a Parábola das Bodas é paralela e reforça a mensagem da Parábola dos Lavradores Maus. De início pelo estilo literário e o uso do conectivo de ligação em 22.1. Depois, por meio da violência com que o Filho e os servos foram tratados (21.38,39; 22.8). Ainda, pela rejeição aos servos do rei e do Filho do vinhateiro. E por fim, a mensagem é dirigida ao mesmo grupo numa mesma ocasião. Quanto à mensagem central, tanto na Parábola dos Lavradores quanto das Bodas, o Reino de Deus é tirado das autoridades judaicas e concedido a outros – gentios (21.43; 22.9).


Prudentes e Imprudentes

A Parábola das Dez Virgens, Dois Servos (Mt 24-45-51), e a dos Talentos (Mt 25.14-30) são imagens escatológicas que se destinam a instruir a comunidade fiel a respeito da persistência e fidelidade cristã em aguardar a Vinda de Jesus Cristo. Nas três parábolas há um tema comum ligado por uma expressão padrão que designa tempo ou duração: “O meu Senhor tarde virá” (24.48); “e tardando o esposo” (25.5); “E, muito tempo depois” (25.19). Essas construções frasais representam a consideração que cada um desses agentes tinha a respeito do tempo de retorno do seu Senhor ou noivo: “aquele mau servo disse consigo”(24.48). Por considerarem que o seu senhor tardava viveram dissolutamente (24.49), não perseveraram (25.5), e negligenciaram as suas tarefas (25.19,25). O apóstolo Pedro argumenta que nos últimos dias muitos considerariam a promessa da Vinda do Senhor como tardia (2 Pe 3.8,9), por esta razão, viveriam em suas próprias concupiscências e zombarias (2 Pe 3.3), porém o “Dia do Senhor” se manifestaria de sobressalto (v.10). Portanto, recomenda: não “descaias da vossa firmeza” (v.17).


Servo Inútil

As três últimas ilustrações do Evangelho de Mateus são parábolas apocalípticas que ensinam a respeito dos últimos dias. Dentro do contexto do Evangelho, estão dispostas sequencialmente no longo discurso ou “sermão profético” (24-25). Cada uma das três ilustrações termina com uma sentença de condenação aos maus e negligentes (24.51; 25.11-12, 30, 46), e um convite festivo aos bons (24.47; 25.10, 21,34). Na Parábola dos Dois Servos, os escribas e fariseus são o “servo inútil”, pois devido ao conceito equivocado que possuem a respeito de Deus e de sua Lei (v. 24), e por viverem enclausurados em seu próprio sistema religioso, negligenciam a verdadeira espiritualidade e o serviço a favor dos santos e do Reino de Deus. A queixa dos fariseus, anciãos e escribas ao sumo sacerdote, demonstra a compreensão que tiveram da acusação de Jesus contra eles (Mt 26.3). No entanto, a crítica aos fariseus nesta parábola é atualizada para os dias de hoje, como uma referência ao uso adequado e diligente de nossas aptidões naturais e dos dons espirituais.




Fonte: Teologia & Graça

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Falece o pastor José Pimentel de Carvalho

Falece o pastor José Pimentel de Carvalho

Pastor Pimentel foi um dos grandes nomes da AD no Brasil






Faleceu nesta manhã de quinta-feira, aos 95 anos, o pastor José Pimentel de Carvalho, líder da Assembleia de Deus em Curitiba (PR) e um dos grandes nomes das Assembleias de Deus no Brasil, tendo, inclusive, presidido a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), órgão máximo da denominação no país, nos anos 60, 70 e 80.
A vida do pastor José Pimentel de Carvalho, que nasceu em 8 de fevereiro de 1916, sempre esteve ligada ao ensino da Palavra de Deus. Quando se converteu, aos 14 anos, foi incumbido de ensinar a Bíblia Sagrada para os demais, por ser a única pessoa na sua congregação que sabia ler. Em 1937, antes de a CPAD ser organizada como pessoa jurídica, pastor Pimentel já trabalhava na editora rodando o mimeógrafo. Ele foi consagrado pastor em 18 de maio de 1945. Pastor Pimentel chefiou o Departamento de Escola Dominical da CPAD por oito anos, e foi responsável pela criação das primeiras lições bíblicas para crianças. Presidiu a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) em seis mandatos e a presidência da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado do Paraná (Cieadep) por vários mandatos, além de ter fundado o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Paraná e a Associação Educacional do Paraná. Mas, bem antes dessa carreira vitoriosa na Seara do Mestre, os primeiros anos como crente em Jesus não foram nada fáceis, precisando até mesmo enfrentar as ameaças de homens com foices, pau e pedras que se opunham a simples pregação do Evangelho em sua cidade natal - Valença, no interior do Rio de Janeiro.


Durante um culto realizado em uma fazenda na cidade onde morava, quando o então adolescente José Pimentel era mais uma vez o pregador da noite, ele lia o capítulo 25 do Evangelho de Mateus enquanto, do lado de fora, uma turba mandada pelo fazendeiro, que se opunha aos pentecostais, ficou a observá-lo. O jovem Pimentel não esmoreceu e continuou a leitura. Durante a leitura, houve um quebrantamento na igreja e, ao término da leitura do texto bíblico, seis jovens haviam sido batizados no Espírito Santo. Na oração feita após a leitura, outro jovem cai sobre seus joelhos e é batizado no Espírito, se levantando em seguida em direção à turba na porta, falando em línguas estranhas e profetizando uma mensagem que tocou seus corações. Cheios de temor, eles deixaram a porta do templo, só voltando no dia seguinte para dizer que os cultos poderiam continuar. Foi nesse mesmo culto que Deus usou um irmão em profecia para o menino José Pimentel, dizendo: “Meu servo, continue que Eu estou contigo”. Essa manifestação sobrenatural foi interpretada pelos presentes como um estímulo para continuarem a pregar Cristo em um lugar carente do Evangelho.


Pastor Pimentel casou em 24 de maio de 1938 com Rosa Maria da Conceição (já falecida), com quem teve 9 filhos. No Rio de Janeiro, pastoreou as ADs em Cordovil e Penha, ambas na zona norte da capital fluminense. Liderou ainda a AD em Cabuçu, Itaboraí, no interior do Estado.
Em 1962, a convite do pastor Agenor Alves de Oliveira, assumiu a presidência da AD em Curitiba (PR). Presidiu a CGADB de 1964 a 1966, de 1973 a 1975, de 1975 a 1977, em 1977 mais uma vez, de 1981 a 1983 e de 1985 a 1987. Chegou ainda a ser secretário da CGADB por oito anos consecutivos. Desde 2006, é presidente de honra da Convenção das ADs no Paraná (Cieadep). Ele é também autor de dois hinos da Harpa Cristã, hinário oficial da denominação: os hinos 541 (“Calvário, Revelação do Amor”) e 620 (“Na Jornada para o Céu”).


Pastor Pimentel termina a sua carreira com milhares de vidas conquistadas para Jesus, um ministério aprovado por Deus, 81 anos de vida com Jesus e 66 anos de profícuo ministério pastoral. Como Paulo, pode dizer: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé; espera-me agora a coroa de justiça que receberei das mãos do meu Senhor”.

O corpo do pastor José Pimentel de Carvalho será velado a partir das 17 horas na sede da AD em Curitiba.


Redação CPAD News

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O significado dos nomes de Deus

O significado dos nomes de Deus



Nunca na história da igreja evangélica brasileira falou-se tanto sobre os nomes de Deus. Já existem até diversos hinetos que desfilam uma grande variedade de nomes divinos, muitas vezes cantados no idioma hebraico (nem sempre correto). Além dessa tendência, deve-se acrescentar o fato de que diversos nomes de Deus têm sido usados com freqüência de maneira quase que mágica no contexto evangélico atual. É só pronunciar este ou aquele nome divino para se conseguir a realização de qualquer desejo, conforme alguns.

A questão dos nomes e seus significados na Bíblia, particularmente os nomes de Deus, certamente merece atenção diante da grande desorientação hodierna. Inicialmente é preciso destacar que o propósito fundamental das Escrituras é revelar Deus ao ser humano. Portanto, os nomes de Deus na Bíblia têm a finalidade de revelar-nos o caráter e os atributos do próprio Deus. Cada nome divino revela-nos como Deus deseja ser conhecido por nós. Falam-nos sobre quem Deus é e como ele age em relação ao homem. É por este motivo que Deus aparece com vários nomes nas páginas sagradas.


Cada um desses nomes revela uma característica específica de Deus. Portanto, os nomes divinos não são “fórmulas mágicas” que funcionam de maneira pragmática. Não podemos tratá-los como “varas de condão” que fazem as coisas acontecer. Esse tipo de raciocínio equivocado têm levado muitas pessoas a acreditar que o simples “pronunciar” de um nome divino “libera” alguma energia espiritual poderosa. Nada pode estar mais longe da verdade. O nome divino tem real valor por causa do próprio Deus. O uso mágico do nome de Deus ou de Jesus não funciona, como não funcionou no caso dos filhos de Ceva (At 19.14-16).
Nem todos sabem que diferentemente da visão bíblica, o pensamento mágico pagão acreditava no poder autônomo da palavra mágica. A idéia pagã é que o mundo é regido por forças e poderem ocultos que podem ser domesticados por quem descobre certas fórmulas ocultas. Esta é a idéia do “abracadabra” e do “abre-te-sésamo”. No pensamento bíblico é Deus quem age, e não o homem que o controla por meio de fórmulas.


Talvez a maior confusão na prática esteja no mal uso da frase “o que vocês pedirem em meu nome, eu farei” (Jo 14.14 – NVI). A palavra de Jesus não significa que basta mencionarmos o seu nome, e tudo acontecerá automaticamente. Pedir alguma coisa “em nome de Jesus” significa pedir alguma coisa segundo a vontade de Deus (1Jo 5.14). Pedir em nome de Jesus é pedir o que Jesus pediria. Pedir em seu nome é como “agir por procuração”: não é a minha vontade que será feita por meio de Jesus, mas sim a vontade dele que se realizará por meio da minha oração.
Deus é descrito de maneira específica por diversos nomes hebraicos no Antigo Testamento. Entre eles merecem especial destaque os termos Elohim, Javé e Adonai. Elohim (e El) é o nome hebraico genérico para Deus. Seu significado etimológico é “força, poder”, e refere-se a Deus como criador, como ser transcendente e como Deus acima de todos os outros. Uma curiosidade interessante sobre o nome Elohim é que se trata de um substantivo em forma plural no hebraico; todavia o verbo que o acompanha na frase aparece no singular. Já o nome El é usado para compor outros nomes divinos (como El Shadai) e também para formar nomes hebraicos comuns como Daniel e Samuel.


Já o nome Adonai refere-se ao senhorio de Deus. O significado literal é senhor, mas nunca é usado para se referir ao homem. Adonai destaca a soberania também a plena soberania de Deus. Não há dúvida de que o nome que mais define o próprio Deus é Javé. O termo hebraico seria YHWH. Os judeus deixaram de pronunciar o nome divino por respeito, e a pronúncia perfeita se perdeu. Por esta razão as consoantes do nome YHWH receberam as vogais de Adonai, o que veio a gerar o nome Yehowah, conhecido em português como Jeová. Todavia, os estudiosos hoje concordam, principalmente com base nas antigas transliterações gregas, que o nome divino seria Yaweh, ou seja, Javé em português. Infelizmente nossa tradição consagrou o SENHOR como tradução de um nome tão específico e particular de Deus.


O significado de Javé é “Eu Sou” ou “Sempre estarei sendo”, ou como gostam os judeus “o Eterno”. A forma é uma abreviação do “Eu sou o que sou” dito por Deus a Moisés em Êxodo 3.13,14. Javé é o nome pessoal do Deus vivo que age na história de seu povo. É o Deus da aliança com o povo que sai do Egito, destacando a imanência divina. Por isso destaca-se em Javé o seu amor e a sua fidelidade para com o seu povo. Até hoje os judeus evitam pronunciar o nome mais sagrado de Deus para não usá-lo em vão. Podemos imaginar a dificuldade dos mesmos diante da declação de Jesus em João 8.58 que afirmou “Eu sou”. A identificação de Jesus com Javé ficou mais do que clara.


Além disso, Deus é descrito na Bíblia por alguns outros nomes, muitos nomes compostos e diversas metáforas e figuras. Todavia, segue uma boa lista dos principais nomes divinos que aparecem na Bíblia e com o seu significado:

El Kanah – Deus Zeloso
El Guemulot – Deus das recompensas
El Guibbor – Deus Valente, poderoso
El Elyon – Deus Altíssimo


Autor: Prof. Luis Sayão


Adaptado por: Marcello de Oliveira
Fonte: PrazerdaPalavra

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jornal O Atalaia da Paz

Jornal O Atalaia da Paz



Amigos leitores, venho por meio deste, informar a todos os interessados em ler o jornal O Atalaia da Paz, que envie-me por e-mail (segue o e-mail abaixo) o endereço de domicílio ou endereço de sua igreja, para que receba todas as informações necessárias para adquirimento do jornal e formação de parcerias, bem como exemplares. 
Estamos em uma produção média de 5000 exemplares, atendendo mais de 16 cidades e diversas igrejas.
Com conteúdo edificante, como por exemplo artigos, informações de eventos, palavra pastoral, missões e etc.
Vale a pena conferir!

Envie-nos um e-mail!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

TEOLOGIA PARA LEIGOS

TEOLOGIA PARA LEIGOS

Por Esdras Bentho

"Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (1Co 2.17).

TEOLOGIA E TEÓLOGO

Modernamente, a Teologia é o discurso racional da revelação de Deus, dos fundamentos da fé, dos credos cristãos ou da tradição religiosa. Na acepção do vocábulo grego, o teólogo é tanto o que fala a Palavra de Deus quanto aquele a quem o Eterno fala. Confunde-se assim, com os profetas da antiguidade bíblica. Todavia, há tantas teologias que é difícil saber quando realmente Deus fala por meio de um teólogo!

CLASSIFICAÇÃO DA TEOLOGIAA Teologia está classificada em cinco principais ramos: Exegética, Histórica, Bíblica, Sistemática e Prática.
O Teólogo deve conhecer essas cinco áreas para desempenhar adequadamente suas funções docente, eclesiástica, pastoral e editorial.


A FUNÇÃO DA TEOLOGIA PARA O MUNDO
A Teologia, designada como ciência, cumpre uma função interdisciplinar em uma época de grande interesse religioso. Ela, juntamente com outras ciências como a Antropologia, a Sociologia e a Filosofia, procura responder ao homem moderno o sentido de “ser-no-mundo”, a importância e necessidade do sagrado, e os dilemas humanos nem sempre explicados adequadamente por apenas uma área do conhecimento. A Teologia enquanto ciência da religião não possui caráter dogmático, mas reflete sobre a religiosidade humana em um mundo plural e multicultural.


A FUNÇÃO DA TEOLOGIA PARA A IGREJA
A Teologia como explicação da fé e da Sagrada Escritura é um discurso acerca dos mistérios da fé e das doutrinas cristãs. A explicação da doutrina é uma narração teológica dirigida à comunidade da fé com vistas à edificação coletiva. Na igreja, a docência teológica é realizada pelo magistério local, por meio de seus obreiros, e pela cooperação de ensinadores leigos.


FALSOS ARGUMENTOS CONTRA O ESTUDO DA TEOLOGIA
Falsos argumentos têm sido usados contra o estudo da Teologia. Muito embora esses argumentos procedam de pessoas bem intencionadas e consideradas santas ou piedosas em suas igrejas não é verdade que:


1) A Teologia impede a manifestação do Espírito Santo;
2) A Teologia destrói a fé do crente;
3) A Teologia “apaga” o fervor espiritual;
4) A Teologia divide os crentes em vez de os unir;
5) A Teologia é desnecessária ao conhecimento de Deus;
6) A Teologia se opõe às Escrituras;
7) A Teologia e a experiência cristã se contradizem;
8) A Teologia “forma” pessoas que só sabem criticar.


ARGUMENTOS A FAVOR DO ESTUDO DA TEOLOGIA NA IGREJA
A Teologia é o estudo e o discurso organizado da doutrina cristã. Muito embora as doutrinas estejam contidas nas Sagradas Escrituras, elas não estão organizadas sistematicamente para o estudo e compreensão. Assim, a Teologia é necessária para:


a) Organizar sistematicamente as doutrinas das Escrituras;
b) Demonstrar a lógica, progresso e harmonia das Escrituras, sua história e ensinos.


Ao contrário do que os céticos e críticos pensam, o Cristianismo é uma religião letrada. A maioria dos cristãos leem regularmente as Escrituras e muitos já leram a Bíblia mais de uma vez. Isso sem falar nas Universidades, criadas desde a Idade Média, cujos ensinos baseavam-se na veracidade e autoridade das Escrituras. Ora, é de supor que uma religião letrada explique sua fé inteligentemente. É a Teologia que explica inteligentemente a fé e as doutrinas das Escrituras. A Teologia fortifica a fé através da razão. Isto posto, a Teologia é necessária para:


c) Os crentes explicarem os fundamentos da fé;
d) Os crentes compartilharem dos ensinos de forma lógica e metódica;
e) Os cristãos crescerem no conhecimento das Escrituras.


A Teologia é o alimento da alma do crente e um dos fundamentos da fé. A Palavra de Deus é o alimento da alma, da vida contemplativa. Assim, a Teologia fortalece a alma e a fé à medida que descortina os mistérios de Deus e das Escrituras. A Teologia procura, portanto, um equilíbrio entre emoção e razão, conhecimento e fé, vida teologal e pública. Por esta razão a Teologia é necessária à:


f) Edificação, exortação e consolação do crente;
g) Vida teologal, íntima, de comunhão com Deus através do Espírito e das Escrituras
h) Visão ministerial.


É claro que a Teologia é importante e necessária à outras instâncias da fé e da esfera pública da religião, no entanto, para os fins a que esse texto se destina bastam as razões apresentadas.



Fonte: Teologia e Graça

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Por que devo amar a nação de Israel?

Por que devo amar a nação de Israel?


Ao vermos os noticiários propagados e anunciados pela mídia, de uma maneira geral, veremos que a dissenção no Oriente Médio é ainda notícia, em especial Israel.
Esse minúsculo país é ofendido e oprimido por muitos naquela região e em outras, até mesmo no Ocidente. Cresce cada vez mais a ira do povo sobre aquela nação.
Um dos motivos que fomentam essa ira sem motivo é, sem dúvida alguma, da campanha midiática em trazer Israel como sendo o vilão de tudo naquela região, alguns mais sensacionalistas atacam Israel como sendo o problema da humanidade.
Entretanto quem está atento as Escrituras Sagradas e nela medita dia e noite, sabe que a origem dessa ira mortal é satânica.

Diante das informações que nos fornecem os meios de comunicação, cria-se uma pergunta que é tema desta postagem. Por que devo amar a nação de Israel? Por que devo acreditar que eles, na verdade, são os "bonzinhos" da história, sendo que os telejornais, as revistas, os jornais, as rádios, os periódicos etc. e etc. pregam o contrário?

O maior fator para o qual devemos atentar é bíblico.
Quando o ser humano pecou e caiu em declínio, Deus preparou o plano de escape para a humanidade, plano esse que apontava para a salvação da humanidade através de Jesus Cristo. Todavia para que se cumprisse isso era necessário escolher um povo, uma terra, uma língua, uma cultura, para que Jesus fosse inserido na história terrena.
O pacto entre Deus e Abraão, selou essa escolha. Deus escolheu Abraão para que dele descendesse o Cristo. Escolheu a terra de Canaã para ser a terra na qual ele deveria nascer e a cultura judia para ser a cultura na qual ele deveria ser criado. Deus poderia ter escolhido outro povo, porém escolheu esse.

Esse é o principal fator para o qual nós devemos olhar. E é por essa fator, primeiramente, que devemos amar a nação de Israel.
Haja vista ser de lá que O Salvador Jesus Cristo veio, ademais como diz o escritor Norberth Lieth: "Jesus nasceu judeu e morreu judeu".
Talvez o leitor pense que só isso não basta, entretanto vale lembrar que esse Jesus, nada mais, nada menos, é o Salvador do mundo.

Israel está nos planos de Deus para a salvação do mundo, e nós, essencialmente cristãos, devemos orar e amar essa nação. Pense um pouco, foi lá que Cristo viveu, foi lá que Cristo morreu, foi lá que Cristo deu a solução para nossos problemas. Ademais cristo voltará em Israel e no milênio governará por Jerusalém, a paz virá de Israel. 
Tenho visto muitos cristãos caindo no golpe midiático e até alguns mal-dizendo Israel. Porém se formos a fundo nas informações, veremos que há grandes distorções.

Quando disse no começo da postagem que a origem dessa ira sobre o povo escolhido é satânica, é pelo simples fato de que o inimigo de nossas almas deseja, desde o princípio, destruir Israel para que o Messias e seu plano salvífico seja aniquilado. Ele tentou destruir esse povo através das guerras registradas no Antigo Testamento. Por que? Porque ele não queria que o Messias viesse a terra salvar a humanidade. Ele tentou destruir Israel nos tempos pós-Cristo, entretanto Deus os tem guardado. Ele suscitou a ira e o anti-semitismo em Hitler para que este operasse a seu favor para que o Cristo não mais voltasse a terra em poder e grande glória para o derrotá-lo e estabelecer o seu Reino. Ele tenta e continuará tentando destruir esse povo e para isso utilizará os meios necessários para colocar o resto do mundo contra a nação de Israel. Todavia poderá levantar todas as potestades infernais aliadas ao poderio humano, Deus não deixará que esse povo escolhido seja extinguido. O Deus Todo-Poderoso os protegerá.
É ilógico não amar a Israel. Quem ama a Deus ama Israel, quem luta contra Israel luta contra Deus.


Façamos o que a Bíblia nos recomenda: "Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam". Salmos 122.6



Para melhor entendimento a cerca do assunto, recomendo um opúsculo de muitíssima valia, de fácil leitura e preço irrisório. Chama-se 'Por que justamente Israel?', do já mencionado autor Norberth Lieth, é editado pela Chamada-da-meia-noite. Vale a pena ler!











Cordialmente,

Weder F. Moreira






sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Bíblia e as grandes descobertas arqueológicas

A Bíblia e as grandes descobertas arqueológicas



O resultado prático de toda a pesquisa arqueológica realizada nas terras bíblicas pode ser medido por um grande número de descobertas e pela relevância de tais achados para quem estuda a história antiga da região e sua relação com a Bíblia. Na verdade existem centenas de referências arqueológicas importantes que poderiam ser relacionadas aqui. Dezenas de cidades e centenas de objetos arqueológicos foram descobertos e estudados na história moderna. Aqui apresentaremos as principais descobertas dos últimos duzentos anos bem como sua importância para o estudo das Sagradas Escrituras.



1. Os manuscritos do Mar Morto. São as cópias mais antigas do AT, mil anos mais antigas do que os disponíveis até então. São centenas de folhas de manuscritos, mas todos eles estão bem preservados em relação ao texto massorético. São datados entre 200 a.C a 100 d.C e foram encontrados em 1947/1948 em 11 cavernas da região de Qumran, no deserto da Judéia. Os manuscritos continham: 1) Cópias integrais ou parciais de todos os livros canônicos do AT (exceto Ester); 2) Comentários das Escrituras; 3) Material dos livros apócrifos e pseudepígrafes do período interbíblico; 4) Manuscritos das regras e doutrina da seita (a espera do Messias, um secular e religioso e a esperança do juízo divino iminente sobre os ímpios; 5) Textos sobre outros assuntos, como o Rolo do Templo e o tesouro oculto descrito no Rolo de Cobre. São guardados e conservados no museu do Livro em Jerusalém, Israel.


2. O código de Hamurabi. Trata-se de um código de antigas leis babilônicas que apresenta paralelos com a lei mosaica. È do séc. XVIII a.C.


3. A Pedra Roseta. Foi encontrada pelo francês Champolion no Egito, foi a chave para decifrar o egípcio antigo com seus hieróglifos.


4. O calendário de Gezer. Calendário agrícola que traz um dos mais antigos registros do hebraico bíblico; as poucas linhas aparecem na escrita paleo-hebraica.

5. A epopéia de Gilgamés. Texto acadiano que descreve um paralelo muito próximo do dilúvio bíblico.



6. O prisma de Senaqueribe. Descreve o cerco assírio de Senaqueribe a Jerusalém em 701 a.C. É datado de 686 a.C e confirma a história da resistência do rei Ezequias narrada na Bíblia.

7. A inscrição de Mesa. Encontrada por Klein em 1868 (e recuperada por Clermont-Ganneau), fala das principais conquistas de Mesa, rei de Moabe. Conhecida como Pedra Moabita, menciona Onri, rei de Israel, pai de Acabe e, contemporâneo do rei moabita, além de mencionar YHWH, o Deus de Israel.


8. A inscrição de Siloé (Siloam). Descreve a conclusão do túnel de Ezequias construído na resistência a invasão assíria; é um exemplo importante do hebraico da época. Encontra-se no museu de Istambul.


9. Estela de Merneptá. Encontrada no Egito, em Tebas, é a mais antiga menção a Israel da história feita que aparece fora da Bíblia. Data do século XIII a.C (1220 a.C).


10. Os Papiros do Novo Testamento. Os papiros são dos testemunhos mais antigos do NT e datam dos séculos II e III d.C. Os mais importantes, que levam o nome de seus descobridores ou do local onde foram achados, são: 1) o fragmento John Rylands, encontrado em 1930, chamado p52 (trechos de João 18), de cerca de 130 d.C. 2) Os papiros de Oxirrinco, diversos manuscritos encontrados no Egito em 1898. Datam principalmente do século III d.C. Os papiros Chester Beaty, p45, p46 e p47, contendo a maioria do NT, de cerca de 250 d.C. 4 Os papiros Bodmer, p66, p72 e p75, contendo grande parte do NT, de cerca de 175-225 d.C.


11. Os pergaminhos do Novo Testamento. Escritos em couro de ovelha (ou cabra), são os manuscritos Unciais, assim chamados porque foram escritos com letras maiúsculas. Os códices (cópias completas do NT) mais antigos são o Sinaítico, o Vaticano e o Alexandrino. O Sinaítico foi descoberto em 1844 pelo conde Tischendorf e data da primeira metade do século IV d.C. Já o Vaticano, ainda que conhecido desde 1475, arquivado na Biblioteca do Vaticano, só foi publicado em 1889-1890.


12. Cafarnaum e sua Sinagoga. Esse sítio arqueológico à margem noroeste do lago da Galiléia, é destacado no NT (Mt 4.13; 8.5; 11.23; 17.24) em Josefo e no Talmude. As escavações começaram em 1856 e continuaram a partir de 1968. Há uma sinagoga do 2º século d.C, de pedra calcária branca, que tinha um salão com colunas com três portas do lado sul na direção de Jerusalém, galerias superiores e um salão comunitário (ou escola) com colunas no leste. Amostras de cerâmica encontradas no piso de basalto e debaixo dele mostram que essa sinagoga era do 1º século d.C ou antes. A sinagoga mais antiga é seguramente aquela em que Jesus pregou (Mc 1.21), a sinagoga construída para os judeus pelo centurião romano (Lc 7.1-5).


13. A inscrição de Tel Dan. Encontrada em 1993 no norte de Israel, a inscrição tem origem na Síria e deve ter sido feita por ordem de Hazael ou de seu filho. Nela aparece a expressão Casa de Davi, referência à dinastia davídiva. É do século 9 a.C

14. A inscrição de Pilatos. Encontrada nas escavações de Cesaréia arítima em 1961, uma estela com a frase Tibério, Pôncio Pilatos, governador da Judéia, é a prova material do conhecido representante de Roma que julgou a Jesus.



Fonte: Davar Elohim

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Apologética cristã não é pessimismo

Apologética cristã não é pessimismo

Por Marcelo Lemos

Ao trabalharmos no combate as heresias, e aos abusos religiosos que ocorrem tanto dentro quanto fora da Igreja, devemos tomar o cuidado de não desenvolver uma “teologia de jornal”. Corre-se o risco, em meio ao combate, de assumirmos a posição de causa perdida, e passarmos a lutar apenas para não entregar os pontos, sem nutrir qualquer expectativa de vitória final. Chamo de “teologia de jornal”, pois creio que tal pessimismo não se baseia nas Escrituras, mas na avalanche de escândalos e heresias que nos rodeiam.

Ainda que o leitor não aprecie, como eu, a Teologia do Domínio, há de extrair alguma lição das palavras de Atanásio, apologista cristão que viveu entre 295-373 d.C.: “Quando o Sol nasce, a escuridão não prevalece; qualquer parte dela foi embora. Além disso, agora que a Epifania divina da Palavra de Deus tem tido lugar, a escuridão dos ídolos já não prevalece, e em todo o mundo, em todas as direções, são iluminados por Seus ensinamentos”.
Continue lendo... Clique aqui



Fonte: Genizah

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

LIÇÕES DA REFORMA PROTESTANTE PARA ALGUNS SETORES DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA

LIÇÕES DA REFORMA PROTESTANTE PARA ALGUNS SETORES DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA


A Reforma Protestante não foi um evento histórico para ser simplesmente contemplado ou narrado. Lições preciosas podem ser extraídas deste momento singular na história da humanidade.

1. Existem duas maneiras de ser viver na história: como espectador ou ator da mesma. Nossos reformadores, juntamente com todos que se envolveram e labutaram por esta justa causa, são exemplos de eximos atores, gente comprometida com a transformação de uma sociedade dominada pela injustiça e opressão generalizada.

2. Não importa qual é o seu papel (herói, protagonista, ator coadjuvante ou figurante), o que importa é atuar, agir, mobilizar-se, realizar, fazer acontecer para a glória de Deus.

3. Atores correm riscos. Vida sem riscos, sofrimentos, adversidades, incompreensões, perseguições e propósito definido é vida medíocre.


4. A Igreja não foi estabelecida por Jesus para governar o mundo, mas, sim, para influenciá-lo.


5. Movimentos reformistas produzem marginais, hereges, contraventores e loucos (visão da classe dominante).


6. Movimentos reformista revelam profetas ousados, homens de Deus comprometidos com o Senhor e sua causa (visão de Deus).


7. Quando a política secular e eclesiástica ganham preeminência no alto e baixo clero, gerando facções, disputas, traições, corrupções, alianças espúrias, nepotismos, busca por vantagens pessoais e por cargos, tudo isso em detrimento da evangelização, socorro aos necessitados, ministração aos enfermos e fracos na fé, fidelidade doutrinária e outras atividades semelhantes, é um claro sinal que uma Reforma torna-se urgente e imperativa.


8. Reformas não são movimentos de um só homem, é fruto da associação de mentes críticas, inteligentes, questionadoras, e de corações que ardem em zêlo, inclinados para buscar, conhecer e fazer valer a vontade de Deus para uma geração, custe o que custar.


9. Reformas não acontecem da noite para o dia, antes, são resultados de um processo que se inicia com o reencontro do cristão com a Palavra de Deus, que desencadeia uma tomada de consciência, arrependimento genuíno, conversão, ação e influência.


10. A última coisa que se rende ante qualquer tipo de corrupção, seja ela moral ou espiritual, é a nossa consciência.


"Considerando que vossa soberana majestade e vossos honoráveis demandais desejam uma resposta plena, isto digo e professo tão resolutamente quanto posso, sem dúvidas e nem sofisticações, que se não me convencerdes através do testemunho das Escrituras (pois não dou crédito nem ao papa e nem aos seus concílios gerais, que têm errado muitas vezes, e que têm sido contraditórios contra si mesmos), a minha consciência está tão ligada e cativa destas Escrituras que são a Palavra de Deus, que não me retrato nem posso me retratar de absolutamente nada, considerando que não é piedoso nem legítimo fazer qualquer coisa que seja contrária à minha consciência. Aqui estou e nisto descanso: nada mais tenho a dizer. Que Deus tenha misericórdia de mim!”. (Martinho Lutero)







Fonte: Blog do Pr. Altair Germano

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cadê o meu mentor?

Cadê o meu mentor?




Um dos exercícios que mais utilizo em minhas palestras e workshops, buscando despertar reflexões mais profundas, é pedir aos participantes para fecharem seus os olhos e pensarem em alguma pessoa que, de alguma forma, tenha interferido de modo significativo em seus destinos.
Procuro guiá-los no resgate de lembranças de seus mentores, aquelas pessoas que dedicaram tempo e energia para ajudá-los a se desenvolverem.
Gosto deste exercício por ser totalmente aderente ao pensamento de Charles Handy em seu livro - The Hungry Spirit – quando diz que:
“A sociedade deveria tentar oferecer a cada jovem um mentor de fora do sistema educacional, alguém que tivesse grande interesse no desenvolvimento e progresso daquela pessoa na vida.”


Quando os participantes começam a abrir seus olhos, é muito comum eu observar aquele olhar agradecido por fazê-los lembrar de alguém que realmente fez diferença na vida de outra pessoa.
Os depoimentos espontâneos que surgem em seguida referem-se a pais, professores ou antigos chefes – todos com reconhecida experiência e que encontraram motivos para passar adiante seus conhecimentos, agindo como uma referência, um modelo, um instrutor disposto a ensinar tudo que sabia dando orientações e apontando direções.
Contudo, um fato novo tem despertado minha atenção, principalmente quando realizo este exercício em platéias formadas por jovens da Geração Y...
Muitas vezes os jovens não conseguem identificar ninguém. Quando abrem seus olhos, percebo a reação de dúvida e estranheza diante do exercício. Alguns chegam a manifestar o fato de não entender o que se esperava com o exercício.


Depois que dou as explicações, ou seja, peço para identificarem seus mentores, novamente as reações são de perplexidade, diante do insucesso em encontrar alguém que pudessem atribuir a classificação de mentor.
O mais comum é pensarem em personalidades que admiram como grandes empresários ou líderes políticos. Nomes como Steve Jobs, Lula, Eike Batista e Bill Gates são presença comum nestes momentos. Na maioria das vezes que isso acontece, eu aproveito para explicar a diferença entre uma personalidade e um mentor, ressaltando como um bom mentor pode ajudar a trajetória de vida de um jovem.

Continue lendo, clique aqui.