sexta-feira, 15 de março de 2013

A escolha do papa e a escolha de Deus



A escolha do papa e a escolha de Deus



Uma multidão heterogênea ajuntada na Praça de São Pedro no dia 13 de março, vibrou euforicamente ao ver a fumaça branca se esvair da Capela Sistina no Vaticano. O sinal de que um novo papa foi escolhido agitou a multidão e todos os veículos de comunicação do mundo. Entraram no ar os “plantões”.
Dentro da Capela os 115 cardeais chegaram a um consenso e escolheram Jorge Mario Bergoglio, argentino arcebispo de Buenos Aires, como o novo pontífice da igreja romana.  
Para os cardeais, a multidão na Praça e os milhões de fiéis da igreja católica espalhados por todo o mundo, Francisco I – como será chamado Bergoglio – será o representante máximo de Jesus na terra, substituindo Pedro.
Francisco I, portanto, será o embaixador único e máximo dotado de autoridade divina e de infalibilidade.
Todavia, esses dogmas firmados na história da igreja de Roma não subsistem a uma análise mais acurada das Sagradas Letras e da História eclesiástica.
A Bíblia nos mostra um quadro totalmente inverso. Aliás, tão inverso que passa de erro para heresia. Mas, vejamos o que os ditames imutáveis das Escrituras nos dizem.
Em primeiro lugar, Pedro nunca foi e nem será a pedra onde a ekklesia foi fundada, e o próprio Cefas reconheceu isso em uma de suas pregações (At 4.8-11; Ef 2.20). Apesar de ter sido um personagem notável eternizado nas Páginas Sacras, Pedro não é o fundador e muito menos a base daqueles que foram chamados para fora das trevas a irem em direção à maravilhosa luz (1 Pe 2.9b).
Segundo, Jesus não deixou apenas um representante, mas vários (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 10.19, 24.48; At 1.8; Rm 8.29). A Igreja – reunião de todos os salvos de todas as partes – é a representação máxima e absoluta de Jesus na terra, conseqüentemente, cada membro deste Corpo é um representante legal de Cristo (1 Co 12.12-27). Cada pessoa quer aqui em terras tupiniquins ou em outras partes mil, que foram salvas e remidas por Cristo são ministros de Deus.
Em Terceiro, Pedro não foi papa e a história nos mostra que, provavelmente, ele nem chegou ir a Roma.
Em quarto lugar, a autoridade foi concedida a todos os discípulos de Cristo (Lc 10.19). Cada crente, por extensão, recebeu esta autoridade de Deus.
E, finalmente, todos os seres humanos são pecadores e falhos, passivos de erros e equívocos (Rm 3.23). O dogma de infalibilidade se desmorona ante o texto bíblico.
A doce Palavra de Deus nos informa em 1 Coríntios 5.20 que nós somos embaixadores de Cristo na terra. Ou seja, todo discípulo de Jesus que pratica a sua Palavra é um representante legal d’Ele na terra.
Entendemos então, que a escolha dos cardeais no conclave no Vaticano foi Jorge Mario Bergoglio, mas a escolha de Deus foi eu e você! Deus escolheu você para representá-lo, lhe deu poder e autoridade para que você viesse exercer o cargo de embaixador do seu Reino. Se você está em Cristo e procura servi-lo cumprindo sua vontade esboçada na Bíblia Sagrada, então, você é portador deste direito. Onde você estiver e onde for, em todas as suas práticas cotidianas, lembre-se que seu ser deve expressar e representar Deus.
O novo papa foi escolhido por uma eleição humana, nós, porém, fomos escolhidos e eleitos por Deus (Ef  1.4). Amém.


Ev. Weder F. Moreira

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