domingo, 10 de março de 2013

Tributo ao Senhor da História

Tributo ao Senhor da História
Acordei pela manhã ouvindo os pássaros entoando um cântico sinfônico de gratidão ao Criador. Ao ver o reconhecimento das árvores em prestarem sua reverência ao seu Projetista, coloquei-me a pensar. As vezes é necessário olhar para as pequenas coisas da vida para se aprender grandes lições. Hoje, foi um desses "as vezes". Acordei aprendendo na escola da vida, uma lição que o Professor Deus me ensinou: Gratidão.
Gratidão deveria ser um ato natural e imanente no ser humano, mas não o é. Esquecer o que foi feito parece ser mais natural. Não deveria, entretanto...
Nos esquecemos de ser gratos a Deus, às pessoas.
 
Nesta pedagogia matutina imprimida em minha consciência pelo Todo-Poderoso, lembrei-me de agradecê-lo por uma coisa em especial. Nasci num lar cristão, ainda quando recebia os primeiros suprimentos do leite materno e respirava os primeiros "ares" da vida, meu pai foi consagrado ao ministério pastoral. Cresci num ambiente eclesiástico. Papai dirigiu diversas igrejas e meu bê-á-bá foram ensinamentos bíblicos. Convivi com o sofrimento e com as labutas rotineiras de um ministério. Vi lágrimas de padecimento molharem o rosto de meu pai por causa do rebanho. Vi angústias afligirem nossa família por causa da escassez e pela da falta de subsídios. Enfim, atravessei todas as experiências turbulentas das águas ministeriais, vendo e ouvindo papai.
Na minha adolescência refleti e decidi fugir dos aludidos sofrimentos. Deliberei: "Nunca entrarei no ministério, não serei obreiro, é sofrimento demais". Nos meus ilusórios pensamentos programei outros caminhos para seguir. Todavia, na minha juventude não pude mais resistir. Como diz a letra de um belo hino "o meu chamado foi maior". Ocorreu verdadeiramente uma metamorfose. Assim como Cristo em Caná da Galiléia transformou milagrosamente água em vinho, foi comigo.
 
Depois de ceder ao meu chamado e entrar na vontade de Deus, empenhei-me. Porém, apenas hoje, ao raiar o sol, pude entender e agradecer a Deus, afinal, como barro nas mãos do oleiro Ele moldou-me, mostrando-me as afliições de um obreiro e dando experiências necessárias para compreender o labor ministerial. Sofrido, contudo, gratificante.

Ev. Weder F. Moreira

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