sábado, 23 de abril de 2011

O evangelismo completo - síntese teológica

O evangelismo completo


Nesta lição abordaremos o evangelismo integral, a importância da evangelização das crianças, a relevância do evangelismo apologético e força do discipulado.


Evangelização integral
O evangelismo integral é de suma importância para a igreja, uma vez que atinge todas as áreas e âmbitos. Esse evangelismo é aquele que atinge todos os locais.

Objetivos da evangelização integral
A ordenança imperativa de Jesus Cristo registrado em Marcos 16.15, nos mostra que é tarefa de todo cristão autêntico levar a mensagem do evangelho. Todavia, o que temos visto nos dias hodiernos é uma verdadeira discrepância a cerca do que Jesus nos ordenou.


Infelizmente, o que temos mais visto é pequena parcela de irmãos fazendo o trabalho evangelístico sozinhos, enquanto que Bíblia nos ensina que a tarefa é de toda a igreja.


O objetivo da evangelização integral, como o próprio nome já diz, é fazer o trabalho evangelístico com o apoio de todas as pessoas e congregações disponíveis a cumprir o “ide” do Senhor, tendo como objetivo buscar as almas perdidas, atingindo todos os lugares possíveis.
Uma maneira interessante para fazermos esse tipo de evangelismo tão abrangente é, sem dúvida alguma, adotar uma postura investigativa e métodos de pesquisa a fim de conhecer melhor o campo que irá ser explorado. Criar uma espécie de censo comunitário é uma arma a favor da facilitação do evangelismo. Esses tipos de censo devem ter por finalidade levantar o perfil religioso da cidade, bairro ou região para levar a mensagem específica àquele tipo de pecador. Vale ressaltar que essas pesquisas facilitam também os métodos de evangelização e como se dará o contato, se por telefone, carta, e-mail e etc.


Exemplo: Suponhamos que uma igreja deseja fazer evangelismo em sua cidade, que tem aproximadamente 45000 habitantes com 43 bairros, o grupo organizador deseja então atingir todos os pontos da cidade a fim de levar a mensagem a todos. Eles decidem então pesquisar em cada bairro com intuito de saber qual é o público que irão evangelizar. Decidem que é preciso fazer a pesquisa com 10% da população o que totalizaria 4500 pessoas. Pegaram então o número de 4500 e dividiram em 43, que é o número de bairros, que resultou em aproximadamente 105 pessoas. Ou seja, para fazer uma pesquisa completa da cidade, investigando o público que irão lidar, eles necessitarão pesquisar 105 pessoas em cada bairro.


O comprometimento total
Para se fazer uma obra tão laboriosa é necessário o máximo de comprometimento dos envolvidos. Isso não quer dizer que o evangelista deve abandonar seus afazeres cotidianos e dedicar-se somente para a obra evangelística. Entretanto, como diz as Sagradas Escrituras em Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente”.


Instrumentos utilizados pela evangelização integral
A igreja do Senhor necessita de sabedoria para utilizar de todos os meios disponíveis para levar o nome de Cristo. Pode-se levar o evangelho através das artes e as ciências.

Nas artes podemos citar o teatro com mensagens cristãs; orquestras entoando louvores para Deus, corais e bandas. No âmbito das ciências podemos citar a Psicologia, o Jornalismo, a Filosofia e etc. Todas essas ciências podem servir de ponte para levar a mensagem do evangelho, por meio de palestras, consultas e utilização dos meios de comunicação.


Evangelismo apologético e pré-evangelização
Assim como na Grécia Antiga, onde os filósofos sofistas utilizavam de argumentos e raciocínios falsos para induzir seus alunos e defenderem suas teses, muitos por aí tem utilizado desse meio para deturpar as Palavras Sagradas. Por esse motivo é necessário que o crente evangelista esteja preparado para saber defender sua fé e ao mesmo tempo fazer evangelismo. Temos visto por aí que a comunidade cristã não utiliza meios para atingir os membros de associações sectárias. É indispensável, portanto, que a Igreja do Senhor utilize do evangelismo apologético para alcançar essas almas, pois, essas pessoas também estão perdidas. Observa-se em nossas congregações, uma reação até hostil por membros de seitas, esquecemos, muitas das vezes, que eles também possuem almas e que necessitam conhecer a salvação real.


O evangelismo apologético
O termo apologética vem do grego apologia e quer dizer defesa. Esse termo é encontrado oito vezes no Novo Testamento. Consiste em defender a verdade dos ataques malévolos.
Evangelismo apologético consiste, portanto, em anunciar as boas novas e ao mesmo tempo estar preparado para defender a mensagem sublime de Cristo, fazendo com que o evangelismo tenha um embasamento e anule os sofismas.


Segundo o pastor Esequias Soares, o conceito de apologética tem quatro sustentáculos: defender, refutar, exigir e vindicar.
Defender = proteger das doutrinas más e dos seus ataques.
Refutar = desmentir – destruir as mentiras que vociferam contra a verdade.
Exigir = requerer com direito – requerer que a verdade seja considerada.
Vindicar = recuperar a verdade.


Em 2 Coríntios 10.4,5 vemos que nossas armas não são carnais, ou seja, o cristão não sai por aí brigando fisicamente com ninguém, pelo contrário o cristão verdadeiro vence as batalhas no campo das idéias, com auxílio do Espírito Santo.

Exemplo: O cristão é um advogado que quando vê as verdades bíblicas sendo atacadas no tribunal da vida, prepara argumentos consistentes e racionais a fim de tirar as Sagradas Letras da berlinda.


A preparação para um evangelismo apologético
A apologética evangelística tem duas bases: conhecimento bíblico e conhecimento dos sistemas do mundo. O conhecimento bíblico dá ao evangelista capacidade para destruir qualquer argumentação contra a Palavra de Deus e convença o pecador da verdade. 2 Timóteo 2.15 registra que devemos manejar bem a Palavra da Verdade.


É importante para o evangelista ter um conhecimento razoável a cerca de assuntos diversos, para comprovar tal assertiva basta lermos 1 Timóteo 4.13, na qual o apóstolo Paulo instrui o jovem Timóteo a persistir em ler, a adquirir conhecimento.


Muitos cristãos em nossos dias fazem jus ao título que a sociedade outorga aos crentes: alienados. Estão alheios ao que os cerca. Não procuram aprender e saber o que está acontecendo, a saber, assuntos diversos e específicos. Recomendo aqui que os irmãos procurem por meio da leitura de livros, revistas, jornais e periódicos o conhecimento.


O combate às ideologias satânicas
Cabe a Igreja a defesa e sustentação da verdade, portanto, é tarefa dela o combate as manifestações da ideologia satânica, que envolve imoralidade, projetos contra a família e contra a vida.


Esse combate por ser feito da seguinte maneira:
1- Posicionamento da Igreja de tudo que é antibíblico. Esse posicionamento pode dar-se pelos meios de comunicação. A Igreja deve protestar contra atrocidade que acometem a sociedade, como por exemplo: crimes sexuais, homossexualismo, divórcio, violência e etc. Vale lembrar que através desse posicionamento a Igreja mostra as verdades morais e sociais à população. Esse procedimento deve ser feito constantemente, pois o mal não pode operar com liberdade.
2- Preparo de crianças, adolescentes e jovens por meio da EBD, estudos bíblicos e demais atividades que fazem com que essas pessoas dessas faixas etárias venham adquirir conhecimento sobre verdades bíblicas e morais.
3- Oração e jejum, haja vista nossa batalha se dá no âmbito espiritual.


Pré-evangelização
Pré-evangelização, no sentido apologético, é a fase de preparação para a proclamação da mensagem salvadora. Nesse estágio, que antecede ao evangelismo e as cruzadas, é necessário anular todos os argumentos anticristãos. Em síntese, é preparar o terreno, tirando todos os pré-conceitos do pecador, e depois disso levar a mensagem.
A pré-evangelização facilita a obra do evangelismo.


Exemplos práticos de pré-evangelização
A conduta contrária da Igreja sobre determinados assuntos devem estar evidenciadas em cartazes, jornais, panfletos e demais meios midiáticos.


O cuidado com os novos convertidos
Jesus disse em Mateus 28.19 e 20: “... ide, fazei discípulos de toas as nações... ensinando-os observar todas as coisas que vos tenho mandado...”


Isso explica que Cristo não tinha por objetivo evangelizar e salvar as pessoas como também aperfeiçoar, por meio do estudo sistemático da palavra, os pecadores.
O discipulado tem por fim fortalecer a fé de novos cristãos para que eles tenham sustentáculo na caminhada espiritual.


O discipuladoNada mais é que um período de ensino das Escrituras aos novos crentes. O discipulado deve ter início na mesma semana em que o novo crente teve seu encontro com Cristo.
Isso porque no início é onde o discipulador encontra maior facilidade, pois o novo crente tem sede de Deus e por Sua Palavra.

O discipulado pode ser dividido em dois ramos: o formal e o informal.
O formal caracteriza-se pela realização do estudo no templo, na residência do novo convertido ou na própria casa do discipulador. Já o discipulado informal é caracterizado em no cotidiano, nas conversas com crentes mais maduros, onde as verdades centrais bíblicas são transmitidas.


É bom lembrarmos que o discipulado formal pode e deve ser feito - com o consentimento da família - na residência dos novos crentes. Pois isso poderá fazer com que os novos irmãos vejam a necessidade consagrar seus lares a Cristo.

Qualidades do discipulador
É necessário que o discipulador tenha virtudes requeridas na Bíblia Sagrada. Essas virtudes podem significam uma vida espiritual saudável; ações na obra de Deus; amor pelo ensino da Palavra de Deus e pelas almas; família estruturada; conhecimento bíblico suficiente; bom testemunho na igreja e diante dos não-crentes; humildade e etc.


Os temas e os materiais apropriados para o discipulado
Os temas para o discipulado devem ser relacionados aos fundamentos da fé cristã, para que haja nos novos cristãos bases para conhecerem o caminho da vida.
Graças a grande quantidade de excelentes editoras cristãs no mercado editorial, temos a disposição material de ótima qualidade. Destaco aqui o material da CPAD, que oferece as revistas para o discipulado.


O pós-discipulado
Após concluir o discipulado, o novo crente estará apto a ser batizado e a participar regularmente das atividades da igreja.


Os objetivos do discipulado
São objetivos do discipulado:
1- Despertar os novos crentes para o estudo da Palavra de Deus
2- Incentivar o novo crente à prática da oração e do jejum.
3- Levar recém-convertidos à prática cristã do amor ao próximo e do perdão.
4- Fortalecer a fé dos novos crentes, pois sem fé é impossível agradar a Deus.

A evangelização das crianças
Como disse certa vez um célebre homem: “As crianças de hoje serão, em breve, os adultos e a sociedade de amanhã”.
Com essa assertiva percebemos então que é imprescindível que a igreja que tenha o anseio de evangelizar, tenha um método específico para alcançar crianças, especialmente àquelas das faixas etárias entre 0 a 14 anos. Uma vez que nessa faixa etária as crianças estão construindo seu caráter e reunindo conhecimento. Ou seja, são os anos propícios para que o evangelho encontre guarida na mente e no coração dessas crianças.


A Bíblia e as crianças
Há inúmeras passagens que mostram que as crianças são relevantes para o Reino de Deus. O próprio Jesus deu o exemplo de enxergar as crianças como sendo um campo evangelístico. Marcos 10. 13-16.


Em Provérbios 22.6 Salomão nos ensina que devemos instruir a criança no caminho em que ela deve andar, para que no futuro não venha se desviar dele. No livro de Deuteronômio 4.6 vemos que a ordem era para que os pais ensinassem seus filhos. Isso evidencia que é obrigação dos pais a disponibilização do ensino aos filhos, infelizmente, muitos pais tem deixado essa tarefa para o Estado, para a igreja e seus departamentos a fim.


As crianças de 0 a 14 anos
As crianças nessa idade no Brasil, correspondem a cerca de 28,63% da população brasileira. Isto significa que há nos dias atuais aproximadamente cinqüenta e dois milhões de crianças nessa faixa etária. Número que se sobrepõe acima de índices populacionais de vários países. É realmente um grande campo missionário.


Ratifico que, nessa fase da vida, as crianças estão propícias a receber o evangelho, diferentemente dos adultos, que tem suas ideologias formadas e são mais resistentes.


Um outro aspecto importante é que as crianças nacionais passam dificuldades sociais, morais e físicas. Passam fomes, sofrem violência doméstica e sexual, exploração infantil, padece com divórcio de suas famílias e a desestabilização familiar, causando desordem. Há também a má qualidade dos serviços oferecidos pelo Estado, que permite que haja distinção entre as classes, que os alunos que freqüentam as escolas, sofram de um mal humilhante chamado bullyng. Isso, em longo prazo, resultará em adultos problemáticos e que sofrem com depressão e baixa autoestima, definhando-se com problemas emocionais. Um exemplo personificado é o caso recente da tragédia do Realengo, Rio de Janeiro, quando o jovem Wellington invadiu sua ex-escola e matou várias crianças e deixando outras feridas, tudo por causa de uma seqüela de humilhação que sofreu na infância, claro que nesse caso é evidente a manipulação de satanás através dessa fraqueza do rapaz.


Concluímos, então, que o papel da igreja é de extrema relevância para a comunidade em geral, pois a mensagem do evangelho tem poder para transformar vidas e restaurar o mais vil pecador, apagando os resquícios que marcaram a vida de muitos.


Não posso deixar de falar, ainda, a cerca da exposição demasiada que nossas crianças estão tendo diante da mídia. Mídia essa que não oferece nada de proveitoso, salvo raríssimas exceções, se é que possui, realmente, exceções. Tenhamos mais cuidado.


A evangelização na infância
A evangelização de crianças não-crentes pode ser feita através da Escola Bíblica Dominical, nas Escolas Bíblicas de Férias e cultos específicos com as crianças.


A recompensa do evangelista
Veremos que o trabalho do evangelista não é em vão no Senhor. 1 Coríntios 15.58.

A persistência gera resultados
A obra do evangelismo nem sempre é recompensa imediatamente, a salvação de almas, às vezes é demorada. Entretanto o evangelista não deve desanimar, deve persistir.


Em Mateus 13. 1-8 é uma confirmação dessa persistência. O evangelho nessa passagem é comparado a uma semente e os pecadores são os campos. A semente pode cair em vários campos e não florescer em nenhum deles, todavia, haverá um campo em que ela brotará, basta que o evangelista não desista facilmente.


O galardão do evangelista
Paulo, o grande evangelista dos gentios, disse que sua recompensa era análoga ao uma coroa de justiça. A recompensa é tão grande que os autores bíblicos mencionam de maneiram simbolizada que é comparada a uma coroa. Pedro chega a dizer que os evangelistas serão co-participantes da glória que há de ser revelada.
Ademais, Deus nos recompensará segundo nossas obras. Apocalipse 22.12.


Concluímos, portanto, que o cristão verdadeiro faz, de uma maneira ou de outra o evangelismo, a fim de levar almas aos pés do Senhor. E você o que tem feito?

Síntese teológica ministrada por mim durante o curso teológico à distância do IBAD, em Ituverava. Peço desculpas aos irmãos, haja vista não ter tempo para correção de possíveis erros ortográficos e gramaticais.

Cordialmente,

Weder F. Moreira

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Novo livro do Pr. Altair Germano

Novo livro do Pr. Altair Germano

Felicito o amigo pastor (teólogo e blogueiro) Altair Germano pelo lançamento do seu primeiro livro pela CPAD: O líder cristão e o hábito da leitura – uma perspectiva conceitual, histórica, bíblica e prática.



A obra foi lançada durante a 40ª AGO da CGADB em Cuiabá/MT, e contou com a presença de vários companheiros para privilegiar o lançamento, inclusive este blogueiro.


Eis a sinopse da obra:



Embora talhada com os rigores da academia, é dirigida a todos os que cultivam o hábito da boa e proveitosa leitura. Mas como ler com proveito? E como encontrar a boa leitura? Essas são algumas questões que o pastor Altair Germano aborda em sua obra O Líder Cristão e o Hábito de Leitura, com o objetivo de conscientizar os líderes acerca da importância da leitura. Afinal, no mundo contemporâneo a constante atualização é indispensável para o sucesso em qualquer atividade, inclusive a pastoral. Ciente de que a resistência à leitura é uma realidade, o autor mostra que nada substitui a importância dessa prática, mesmo com todo o desenvolvimento das tecnologias de informação. O autor trata do conceito de leitura, apresenta um panorama da história da leitura desde a antiguidade, aborda a importância da leitura a partir de autores não-cristãos e cristãos, a importância da leitura no contexto bíblico e cristão, e especificamente para os pastores da atualidade, propondo dicas de como aperfeiçoar essa prática.


Mais informações no blog do pastor Altair Germano

terça-feira, 12 de abril de 2011

O bem sucedido movimento pentecostal - 100 anos da AD no Brasil

O bem sucedido movimento pentecostal - 100 anos da AD no Brasil
 
O movimento pentecostal no Brasil e no mundo caracteriza-se por uma palavra: crescimento. Não é à toa que a Assembléia de Deus constitui-se na maior igreja evangélica em nosso país. Desde os primórdios isso se torna notório por causa da compreensão das verdades pentecostais e sua aplicabilidade na vida cristã. O ardor pentecostal, o zelo evangelizador, a permanência nas verdades bíblicas fizeram com que a Assembléia de Deus crescesse extraordinariamente. Muitos brasileiros conheceram ao Senhor Jesus Cristo por causa de pioneiros como os suecos Daniel Berg, Gunnar Vingren e tantos outros que entregaram suas vidas à causa do Evangelho pelo poder do Espírito Santo.



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terça-feira, 5 de abril de 2011

Pr. Antonio Gilberto - sucinta história de sua vida

Pr. Antonio Gilberto - sucinta história de sua vida

Considerado como patrimônio das Assembleias de Deus tupiniquim, pastor Antonio Gilberto é realmente um gênio. Exemplo dos líderes e modelo para os ensinadores. Erudito teólogo pentecostal, versado em 10 idiomas, reconhecido mundialmente, com extremo prestígio internacional e, acima de tudo, humilde, homem simples, cheio da graça de Deus. Creio eu - minha simples opinião - que o pastor Antonio Gilberto é o Rui Barbosa (quem conhece história sabe a relevância deste patrono para o país, bem como seu vasto e variado conhecimento) do evangelicalismo pentecostal brasileiro. Sua erudição é esboçada, à semelhança do famoso jurista e político brasileiro, através das palavras proferidas que correm de sua boca como correntes de um rio limpo e impoluto. Não, não, isso não é idolatria, é reconhecimento. Reconhecimento da parte de Deus e por parte dos homens. 
O nome do Senhor seja engrandecido, uma vez que Ele levanta homens capacitados para presseguir com sua obra. Deus seja louvado!

Cordialmente,

Weder F. Moreira 

domingo, 3 de abril de 2011

As duas portas da vida

As duas portas da vida
“A vida tem duas portas distintas, uma de entrada, que é o nascimento e outra de saída, que é a morte” - Rui Barbosa.


Ao ler a biografia de Rui Barbosa, célebre jurista, político idealista, erudito, defensor da liberdade escravagista, deparei-me com a frase supracitada.


Ao refletir sobre tal frase cheguei à seguinte conclusão: para entrar na vida só temos uma única porta, o nascimento, para sairmos temos também uma única porta, a morte, todavia, o que me agita é o fato de sabermos que essa única porta pode nos levar a duas saídas: a eternidade com Deus, de prazeres e alegrias inigualáveis, o céu ou a eternidade sem Deus, sentenciado ao desgosto espiritual e a tristeza sem fim, o inferno. Mediante isso, pergunto ao amado leitor: qual a saída você preferirá? Receio que talvez você pergunte: mas como faço para escolher a saída correta? Simples, aceite a Jesus Cristo como único e suficiente salvador, creia que Ele é o caminho para a salvação de sua alma e assim você verá que somente Ele é poderoso para perdoar todos os seus pecados.


Pense nisso!






Weder F. Moreira

terça-feira, 29 de março de 2011

Qual é o antídoto para a divisão secular/sagrado?

Qual é o antídoto para a divisão secular/sagrado?
Qual é o antídoto para a divisão secular/sagrado? Como ter a certeza de que nossa caixa de ferramentas conceituais fundamentadas na Bíblia para cada assunto que encontramos? Temos de começar estando completamente convencidos de que há perspectiva bíblica sobre tudo, não apenas sobre assuntos espirituais. O Antigo Testamento nos fala diversas vezes que "o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10; Pv 1.7; 9.10; 15.33). De modo semelhante, o Novo Testamento ensina que em Cristo "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2.3). Interpretamos estes versículos no sentido de sabedoria espiritual, porém o texto não estabelece limitação ao termo. "A maioria das pessoas tem a tendência de ler estas passagens como se dissessem que o temor do Senhor é o fundamento do conhecimento religioso", escreve Clouser. "Mas o fato é que fazem afirmação radical - a afirmação de que, de alguma maneira, todo o conhecimento depende da verdade religiosa."





Esta afirmação é mais fácil de entender quando nos damos conta de que o cristianismo não é único sob este aspecto. Todos os sistemas de crença trabalham do mesmo modo. Como vimos, o que quer que um sistema proponha como auto-existente é, em essência, o que se considera divino. E esse compromisso religioso funciona como o princípio controlador para tudo o que vem depois. O temor de algum "deus" é o princípio de cada sistema de conhecimento proposto.


Assim que entendermos como o primeiro princípio trabalha, fica claro que toda a verdade tem de começar em Deus. A única realidade auto-existente é Deus, e tudo o mais depende dEle para sua origem e existência contínua. Nada existe separado da sua vontade; nada está fora do escopo dos pontos decisivos centrais na história bíblica: a criação, a queda e a redenção.





Fonte: Nancy Pearcey. Verdade Absoluta: libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural. Editora CPAD, Edição 1, p. 48,49, 2006.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Introdução Bíblica – Os Manuscritos, as traduções e as atuais questões bíblicas

Introdução Bíblica – Os Manuscritos, as traduções e as atuais questões bíblicas



Os manuscritos do Antigo Testamento

Tivemos oportunidade ver, ao longo das lições, que os escritos originais sagrados não mais existem (autógrafos), sabemos, portanto, que o que temos hoje é cópias de cópias. Todavia, essas cópias, chamadas de manuscritos, são de confiabilidade autêntica e veremos isso em capítulos posteriores.
As cópias começaram a surgir a partir do retorno judaico do cativeiro babilônico, em meados do século VI a.C. Diz a tradição rabínica que Esdras foi o grande organizador canônico do Antigo Testamento, a Bíblia Hebraica. Foi nesse período que surgiram as sinagogas. Devido à grande demanda de sinagogas e a necessidade de se ter em cada estabelecimento sinagogal uma Bíblia Hebraica, fez se necessária o surgimento de copistas para copiarem dos originais as Sagradas letras, a fim de transmitirem a mensagem divina a toda nação de Israel.


A idade dos manuscritos do Antigo Testamento
Existiam até 1947 pequenas quantidades de manuscritos do Antigo Testamento, sendo que as mais antigas datavam de 900 d.C, entretanto, em 1947, nas montanhas de Qumran, redondezas de Jericó foram descobertos o maior achado arqueológico da atualidade. Vários manuscritos de data antiguíssima, para se ter noção, o manuscrito mais antigo achado em Qumran é datado de mais de mil anos antes do mais velho que existia.


Avaliação de tempo de um manuscrito, critérios:
Análise da espécie de material empregado;
Estilo da escrita utilizada na redação;
Forma de pontuação;
Apresentação do Texto, e
Análise do carbono 14.


Estilo de escrita utilizada na redação de um manuscrito
Os manuscritos foram redigidos em duas maneiras distintas: a uncial e o cursivo.


Uncial – Utilizado em IX a.C., o estilo uncial (letra em caixa alta) refere-se a textos escritos em letra maiúscula, sem separação entre as palavras, sem pontuação e sem acentos gráficos.

Cursivo – Utilizado em X ao XV d.C., o estilo cursivo refere-se a textos escritos em letras minúsculas, com separação entre as palavras e as frases.

Forma de pontuação e apresentação de um manuscrito
O texto em hebraico, escrito somente com a utilização de consoantes e sem sinais gráficos e pontuação, levou muitos tivessem dificuldade na hora de copiar um texto original. Isto levou os massoretas, escribas piedosos que tinham por objetivo manter inalterados os textos sagrados, a inventarem um sistema de pontos vocálicos, ou seja, sinais que passaram a representar as vogais hebraicas. Inventaram também os parágrafos, acentuação gráfica, a vírgula, o ponto-e-vírgula, o ponto-final e o ponto-de-interrogação, isso em meados dos séculos VIU e X a.C.


Períodos de produção dos manuscritos do Antigo Testamento

Os manuscritos do AT foram produzidos em duas épocas distintas: a talmudista e a massorética.

Período Talmudista:
Talmude vem do hebraico e significa literalmente aprender, estudar, é uma coletânea de preceitos rabínicos, decisões legais e comentários a respeito da legislação mosaica.
Esse termo foi aplicado ao período 300 a 500 a.C., pois nesse período foram produzidos manuscritos que foram utilizados em todas as sinagogas desse tempo.
Os escribas que produziram esses manuscritos eram chamados de talmudista.


Procedimentos para produzir um manuscrito talmudista:
1º - Lavar todo o corpo antes de começar, trajado a rigor;
2º - Escrever em peles de animais não contaminados;
3º - Essas peles deveriam estar presas por barbantes;
4º - Esses manuscritos deveriam ser produzidos por um rabino judeu e deveria ser utilizado apenas na sinagoga;
5º - O manuscrito deveria ter um determinado número de colunas e também de linhas, +48 – que 60.
6º - Deveria traçar as linhas antes de começar e se as linhas não dessem essa cópia era descartada;
7º - Era escrito com tinta preta, de outra cópia autêntica que não pairassem dúvidas, e nenhuma letra poderia ser escrita de memória, só deveria copiar aquilo que estivesse diante de seus olhos;
8º - Os espaços deveriam ser obedecidos, ou seja, três linhas deviam ser deixadas entre um livro e outro, entre consoante distância de um fio de cabelo e entre capítulos distância de 12 consoantes.


Período Massorético:
Recebe esse nome por causa dos escribas massoretas.
É desse período que surge às cópias mais fiéis.


Procedimento para produzir um manuscrito massorético:
Contavam todos os versículos, palavras e letras de todo o AT. A lógica desse método é simples: se faltasse ou sobrassem letras da cópia produzida em comparação com a fonte, era descartada imediatamente.


Os manuscritos do Novo Testamento
A semelhança do AT, os manuscritos do NT foram produzidos por escribas, sendo que as únicas diferenças são: a quantidade cópias e a conservação.
Existem hoje cerca de quase 25 mil cópias do NT.
E ao contrário do podemos imaginar, as cópias do NT estão em piores estados se comparadas as AT.
Isso ocorre por fatores intrínsecos (fatores internos, material) e extrínsecos (fatores externos, danificações por contato a algo pernicioso).


Confiabilidade dos manuscritos
São confiáveis pelos seguintes motivos:
1- Quantidade de cópias disponíveis
2- Citações dos Pais da Igreja desses manuscritos
3- Proximidade dos manuscritos dos autógrafos (A diferença de tempo dos autógrafos para as primeiras produções das cópias são mínimas).


Principais manuscritos do Novo Testamento

Os manuscritos do NT foram redigidos em quatro períodos diferentes e distintos:
1º - Primeiros três séculos iniciais d.C.: boa qualidade dos manuscritos, todavia, destes restaram poucos;
2º - IV ao V séculos d.C.: Excelentes cópias e grandes quantidades;
3º - V ao VI séculos d.C.: Manuscritos nas mãos dos monges, qualidade duvidosa;
4º - Século X d.C.: Baixa qualidade.


Os manuscritos ou codex:

Codex Leningrandense
É um dos mais fiéis manuscritos do AT. Foi comparado com os manuscritos de Qumran e percebeu-se que é um dos melhores manuscritos. Foi um dos manuscritos utilizado por João Ferreira de Almeida na tradução do AT para o português.


Textus Receptus
Manuscrito do NT de relevância extrema e de confiabilidade ótima. Tem como base o manuscrito de Bezae. Foi um dos manuscritos utilizado por Jaó Ferreira de Almeida na tradução do NT para o português.

Codex Alexandrinus
Escrito em grego e datado do século V d.C.
Tem esse nome por causa de sua associação com essa cidade, antes de ir para o museu estava nas mãos do patriarca dessa cidade.


Codex Vaticanus
Datado do século IV d.C., esse manuscrito tem por base a septuaginta.


Codex Ephraemi Rescriptus
É um palimpsesto (pergaminho raspado), data do século V d.C.


Codex Bezae
Tem esse nome devido ao fato de ter pertencido a Teodoro Beza, sucessor de João Calvino. Datado do século V d.C.

Codex Sinaiticus
Achado por Tischendorf em 1844, no mosteiro de Santa Catarina ao pé do monte Sinai. Ao reparar em um cesto, percebeu que havia ali vários pergaminhos e pressupôs que eram preciosidades, quando os analisou ficou comprovada sua pressuposição. Esse manuscrito data do século IV d.C. Recebe esse nome pela sua localização.


Codex Washingtonianus
Data do século V d.C., contém os quatro evangelhos, algumas epístolas paulinas, hebreus e alguns livros do AT.


As principais traduções
A Bíblia é livro mais traduzido no mundo.
As traduções das Sagradas Letras são de relevância extrema, pois contribuíram para:
Disponibilizar a mensagem divina a todos os povos; auxiliar na tarefa de evangelização e ajudar na unificação de certo idiomas, exemplo o alemão.
A tradução pode ser de duas maneiras: livre ou literal.

Livre – É a tradução mais popular, onde não é necessário ao leitor buscar o significado original da palavra. Nesta tradução o tradutor preocupa-se em transmitir as idéias das palavras do autor e não o sentido das palavras literais.


Literal – É a tradução mais requintada, onde o leitor necessita conhecer o significado dos vocábulos das palavras originais; neste tipo de tradução o tradutor preocupa-se em transmitir a seqüência exata disposta no texto original. Esta tradução faz com que o leitor, mesmo não conhecendo as línguas originais do texto autógrafos, esteja diante do texto próximo do original.


Traduções conhecidas


Septuaginta
Termo proveniente do latim e significa setenta.
Segundo informações históricas da ‘Carta de Aristeas’, Ptolomeu IV, Filadelfo, rei do Egito, quis reunir os principais livros do mundo em sua biblioteca. Ele então chama Demétrio, encarregado disto, e o solicitou para que desse início a este empreendimento.
Demétrio havia pesquisado sobre um livro muito famoso utilizado pelos judeus e decidiu traduzi-lo para incorporá-lo na biblioteca real. Mandou então uma carta ao sumo sacerdote, solicitando a ele que mandasse rabinos para Alexandria a fim de traduzirem a Bíblia Hebraica – o nosso AT – para o grego.
O sumo sacerdote reuniu 70 ou 72 rabinos (há uma grande discussão histórica nesse dado) de grande saber e traduziu a Bíblia Hebraica.
Foi escrita em grego koiné, espécie de grego popular (dialeto). Vale ressaltar que esses rabinos que foram selecionados tinham profundo conhecimento da língua grega e hebraica, para se ter noção a língua grega contém cerca de um milhão de vocábulos e muito rica em expressões de âmbito filosófico, enquanto que a língua hebraica contém apenas 8 mil vocábulos e é rica em expressões de cunho espiritual, depreende-se então que os rabinos selecionados tinham saber vasto.
É bem provável que a septuaginta foi a Bíblia dos apóstolos, pois há muitas citações, especialmente de Paulo, do AT da LXX.


Hexápla
Feita por Orígenes, tinha por objetivo corrigir os erros cometidos pela septuaginta.
Escrita em seis línguas (por isso o nome hexápla, de hexa, seis), esses idiomas estavam dispostos em seis colunas.

Vulgata Latina
É a tradução das Escrituras Sagradas para o latim, feita por Jerônimo.
Foi a Bíblia da Idade Média, é a fonte das obras católicas para vários idiomas.

A tradução King James
Surgiu por causa da insatisfação dos cristãos puritanos contra os anglicanos e para sanar isso o Tiago, convocou 54 teólogos a fim de traduzirem novamente a Bíblia, entretanto, participaram da tradução apenas 47 teólogos.


Tradução Alemã
Feita por Marinho Lutero, em plenos anos reformistas. Tornou-se importante devido ao papel social e lingüística que esta tradução desempenhou. Uniu o idioma e deu origem ao alemão moderno.


Tradução de João Ferreira de Almeida
Realizou essa tradução em Jacarta, na atual Indonésia. A sua primeira tradução do Novo Testamento para o português, foi a partir do latim (vulgata latina); espanhol; francês e italiano. Entretanto, não satisfeito com essa tradução, iniciou a tradução da Bíblia novamente, dessa vez utilizando manuscritos e não traduções, dentre alguns manuscritos utilizado por Almeida podemos citar o Textus Receptus e o Codex Leningrandense.


A SBB, organização que controla a publicação de Bíblias do país, utiliza para tradução as seguintes fontes: AT – Stuttgartensia e o NT – The Greek New Testament.


A transliteração
Nada mais é do que, a transformação de letras em certos idiomas para letras equivalentes em outro idioma. Isso, para ajudar na melhor compreensão do texto.


Verdades e mentiras sobre a crítica bíblica
A crítica bíblica é de suma importância para o estudo sistemático das Sagradas Escrituras, pois é através dela que procura determinar o verdadeiro sentido da Bíblia.
A crítica bíblica, em si, é boa, todavia, quando utilizada por mentes céticas, com o objetivo de minar a fé, torna-se perniciosa.


A crítica bíblica propriamente dita
O termo crítica vem do grego kríno, significa literalmente julgar, determinar, discernir e testar. Quando relacionado a questões literárias, adquire o sentido de análise imparcial.
No sentido bíblico diz respeito à análise criteriosa e a investigação imparcial dos textos bíblicos a fim de emitir um juízo criterioso e equilibrado. Em suma, a crítica é uma ciência que procura chegar a uma conclusão satisfatória da origem, história e estado dos autógrafos.

Ela estuda:
As características históricas;
A questão que envolve a transmissão dos textos;
Os diferentes tipos de caligrafia;
Os tipos de materiais utilizados na redação;
O contexto das datas e dos eventos;
Os problemas de ordem lingüística, cultural e filosófica;
As idéias que caracterizaram cada período e influenciaram os autores.


Origem histórica e a realidade da crítica bíblica
A crítica bíblica tem suas raízes espalhadas nos tempos antigos. Alguns estudiosos a identificam na época dos saduceus e fariseus, quando estes “criticaram” as obras do AT a fim de constatarem se elas realmente eram inspiradas. Claro que esses grupos tinham métodos primitivos que nada se relacionam com a crítica atual e moderna, todavia, eles estudaram a finco para terem um resultado profundo e satisfatório do assunto.
Contudo, a origem da prática da crítica bíblica é datada do século XVIII, quando surge o racionalismo, que visava explicar tudo por meio da razão. É nessa época que os maiores pensadores cristãos começam a passar as Escrituras Sagradas em um criterioso processo.


Crítica Bíblica

Pode se dividir em dois: alta crítica e a baixa crítica.


Alta crítica
É do ponto de vista racional. Admite somente a razão. A alta crítica se divide em três: Crítica de Redação, Crítica de Forma e Crítica Literária, sendo essa última dividida em duas: Crítica de Fonte e Crítica de Histórica.


Ela preocupa-se em estudar:
Natureza do texto; forma; método; assuntos e argumentos; contexto histórico do autor e do receptor; autenticidade do texto; data e etc.


Crítica de Redação
Procura determinar o ponto de vista teológico do escritor.


Crítica da Forma
Estuda a razão que originou a formação dos livros do NT.


Crítica Literária
Analisam as palavras para compreender o sentido, bem como analisam a gramática e o estilo literário.


Crítica de Fonte
Acreditam que alguns livros tiveram várias fontes.


Crítica Histórica
Ocupa-se com o contexto histórico na qual o livro foi escrito. Quando o texto foi escrito? Onde foi escrito? Quem eram os destinários? São perguntas feitas por essa crítica.


Baixa Crítica
Preocupa-se com a confiabilidade do texto. Essa é a mais coerente, pois aceita a razão e a fé. O estudioso da baixa crítica se preocupa em obter textos autênticos e para isso utiliza métodos criteriosos.


Ela preocupa-se em estudar:
A natureza verbal e histórica e os vocábulos.


A alta Crítica e a hipótese documentária
Está intrinsecamente ligada a crítica de fonte. Tendo por base os mesmos preceitos.



Peço calorosamente aos leitores que perdoe os erros gramaticais e ortográficos existentes no texto, haja vista o curto período para a publicação de tal artigo.


Cordialmente,

Weder F. Moreira

segunda-feira, 21 de março de 2011

ESTÁ BIBLICAMENTE COMPROVADO: A FALTA DE ATENÇÃO A PALAVRA PRIVA OS CRISTÃO DAS BENÇÃOS DIVINAS


Por Antonio Adson

Tendo por base o texto de 2 Pd 1:19, percebemos que a atenção a PALAVRA DE DEUS é essencial para alcançarmos as bênçãos divinas, o apóstolo Pedro enfatiza tal verdade aos irmãos que receberam suas cartas, descobrimos então a razão de tal firmeza daqueles cristãos que passavam por tempos difíceis da diáspora, mas não abandonaram a fé, eles eram atentos.
Pergunto: será esta a causa de tantos cristãos pálidos na fé nos dias atuais? Em nossas reuniões está faltanto a PALAVRA ou ouvintes atentos ao que o ESPÍRITO diz a igreja? Verdade é que nós cristãos já sairmos de nossas casas para a igreja dispostos a SENTIR e não a PENSAR, queremos sentir emoção que nos faça pular, chorar, extravazar etc... (basta percebermos quando a maioria dos cantores começam a apresentarem suas cantarolas sem fim, que tão pobres em respaldos bíblicos, estoram nossos ouvidos, com seus gritos e sapateados), mas na hora da palavra, os crentes são incomodados a não ficarem dentro do templo, o que não puderam fazer antes, pensam que a hora da ministração da palavra é o momento oportuno para fazerem, triste, mas é nossa realidade!

Quão grandes bênçãos perdemos, se soubessemos que glorioso benefício nos trás estarmos atentos a PALAVRA DE DEUS, nosso conceito mudaria num instante, pois o que está atento as escrituras é: ensinado (Sl 119:8), repreendidos (Pv 1:23), a repreensão nada mais é que a tentativa de convencer o homem dos seus erros, que maravilha! Ao estarmos atentos somos também corrigidos (Pv 3:11;Hb 12:5), esta palavra é formada por três vocábulos gregos que significam: tornar novamente reto e implica corrigir doutrinas e crenças falsas que alguém possa ter. Ao atentarmos para à PALAVRA somos também instruídos (ou ensinados) em justiça (Sl 23:3b;2Tm 3:16,17), mas para isto o cristão necessita ter o desejo de aprender (Sl 25:4,5), queremos ser cheio do ESPÍRITO SANTO? DESEJAMOS SERMOS AVIVADOS? Atentamos então ao que está escrito em Atos 10:44, todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO ao estarem atentos a ministração da PALAVRA.
Não esqueçamos, a Bíblia é como luz para o caminho do cristão (Sl 119:105). É impossivel meditarmos nas SANTAS ESCRITURAS, estarmos atentos a ela e não amarmos a DEUS.

A perdição dos fariseus foi a recusa pela palavra viva - JESUS -, infelizmente a perdição de muitos crentes é a recusa pela palavra escrita - a biblia. Pois, se a ela rejeitarmos, literalmente, estamos rejeitando a JESUS. Precisamos atentar com mais diligência a esta tão grande salvação, conforme relatou o escritor aos hebreus(Hb 2:1-3), e só conheceremos o plano da salvação se examinarmos as escrituras (Jo 5:39) e estar atento, pois, a exposição da mesma. Estejamos, pois, atentos a PALAVRA DE DEUS, com o mesmo desejo que ELE esteá atento as nossas orações.