De que vale a primogenitura?
"...De que me aproveitará o direito de primogenitura?"
Foi o que disse Esaú ao seu irmão Jacó, logo após chegar do campo muito cansado.
Essa perícope registrada no "Livro dos Começos", Gênesis, mostra o quão ignóbil tornou-se a ação de Esáu mediante a um fato de extrema relevância na vida de um hebreu.
Essa, com certeza, é uma conhecida história registrada na Bíblia, todos, do mais tenro ao mais velho, sabe as consequências trágicas que trouxe esse ato irracional de Esaú.
Quero, porém, refletir, um pouco mais, a cerca dessa passagem, bem como seu contexto não "revelado".
Ao meu ver a assertiva de Esaú é um tanto ilógica, haja vista o direito de primogenitura ser um ato de grande importância na vida do filho mais velho de uma família hebreia.
William L. Coleman, em seu livro 'Manual dos Tempos & Costumes Bíblicos', Editora Betânia, nos revela algo de valia a cerca da importância que se dava ao direito de primogenitura.
Diz ele que o filho primogênito era o principal herdeiro da família, sendo que na distribuição da herança ele recebia o dobro da porção de cada irmão. Esse filho mais velho ainda administrava os bens da família, liderava e, se a família fosse serva do Deus El Shadai, receberia bênçãos espirituais e materiais evocadas pelos seus pais.
A escolha de Esaú pelo prato de comida foi, realmente, uma verdadeira escolha tola. As bênçãos supracitadas com certeza evidenciam isso.
Esaú preferiu escolher uma bênção passageira, um prazer momentâneo, ignorando a bênção a longo prazo, bênção essa que atingiria até mesmo sua descendência. Ora, quanta bestialidade.
Entretanto, muitos de nós hoje temos feito o mesmo. Sim, não se espante amado leitor.
Muitos de nós temos, à semelhança de Esaú, repugnado as maravilhosas bênçãos da primogenitura.
Deixe-me explicar melhor.
Quando Cristo morreu na cruz do Calvário e ressuscitou ao terceiro dia, ganhamos a maior bênção que um filho pode receber, a Salvação para a vida eterna. Ele, como Pai supremo, alcançou com seu sangue nossas vidas, pois, diferentemente do direito de primogenitura "normal", esse não só atingiu toda descendência, mas sim toda a humanidade, todos aqueles que quiserem aceitar o nome de Jesus como único e suficiente Salvador.
Todavia, alguns tem, por motivos supérfluos, banais e corriqueiros, por circunstâncias que trazem apenas prazeres momentâneos, caído no mesmo erro de Esaú. Preferindo os prazeres carnais do que as bênçãos que emanam da cruz de Cristo.
Contudo, ainda há esperança. As bênçãos deste maravilhoso Pai não podem ser trocadas, Ele espera por mim e por você, sempre, de braços abertos para abençoá-lo com as maravilhas do seu sacrifício no Calvário.
Que possamos, ao contrário de Esaú, aproveitar nossa tão grande oportunidade que nos foi fornecida por Jesus Cristo, O Salvador.
Cordialmente,
Weder F. Moreira
Weder,
ResponderExcluirA Paz!
Gostaria de parabenizar você por mais esta iniciativa. O blog esta muito legal e abençoador, cheio de informações pertinentes a todos os cristãos, com assuntos atuais e estimulantes para debates e discussões fundamentadas e pautadas nas escrituras.
Um Grande abraço.
Saudações Cristãs!
ResponderExcluirObrigado pelas palavras de incentivo. A internet é um instrumento que, se bem utilizado, abre caminhos para assuntos relevantes com maior abrangência.
Ore por mim.
Deus abençoe.
Cordialmente,
Weder F. Moreira