O que é avivamento?
As comemorações do centenário das Assembléias de Deus no Brasil e também dos 75 anos do Ministério de Igarapava, leva-nos a refletir sobre assuntos de extrema relevância, como por exemplo, o pentecostalismo.
Entretanto, é impossível falar de pentecostalismo sem imaginar e pensar em avivamento. E, mediante isso, quero falar deste assunto tão “badalado” e comentado.
Os dias atuais são dias trabalhosos. O surgimento de movimentos ditos “avivalistas” tem colocado em dúvida o verdadeiro mover do Espírito Santo no meio da igreja, a ponto de muitos serem enganados pelo emocionalismo. Essa nova “onda” tem acarretado uma verdadeira incerteza no que tange ao genuíno e autêntico avivamento.
Por meio disso, será que sabemos, realmente, o que é avivamento? Será que sabemos o que realmente significa? Avivamento é barulho? Vejamos então o que é o verdadeiro avivamento.
Primeiramente é necessário ver o que significa a palavra, no bom dicionário eletrônico Aurélio, avivamento é o ato de avivar, ou seja, tornar mais vivo, realçar, tornar mais nítido ou visível, tornar mais intenso, mais forte.
Nas páginas das Sagradas Escrituras, observamos alguns avivamentos, sendo cinco no Antigo Testamento e três no Novo Testamento – Jerusalém, Antioquia e Éfeso.
Todos eles têm algumas premissas que se relacionam.
Vejamos o caso de Éfeso, Atos 19. 1-10.
Quando o apóstolo dos gentios, Paulo, chegou à Éfeso e começou a ministrar a Palavra de Deus ouve significativas mudanças naquele povo e, conseqüentemente, naquela cidade, haja vista o autêntico Evangelho trazer avivamento. George Wood, renomado pastor e teólogo americano, menciona em seu artigo ‘Reavivamento em Éfeso’, Revista Manual do Obreiro, ano 33 e nº 49: “Evangelho afeta até mesmo cultura e a economia”.
A cidade de Éfeso, famosa pelo templo de Diana, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, tinha por base comercial o artesanato de ídolos. Com a conversão de pessoas naquela cidade, tanto a produção desses ídolos como as compras caíram, pois, com a transformação de suas vidas eles não mais queriam saber das imundícias. Isso gerou um impacto na economia daquela cidade. Sua cultura foi transformada mediante o Evangelho de Cristo, as práticas pagãs foram abandonadas e deram lugar ao novo viver e novas práticas.
Se analisarmos os avivamentos na História da Igreja, veremos também as mesmas premissas relacionadas. Avivamentos como o Wesleyano, Reforma Protestante, dentre outros são exemplos disso. Mas, quais são essas premissas que interligam os avivamentos registrados na Bíblia e os registrados nos anais da história?
1 – Perseverança na Palavra – não existe avivamento sem Palavra, sem Bíblia. Por isso, movimentos que fazem surgir doutrinas antibíblicas é sinal de que não existe pureza no movimento.
2 – Oração – Sem oração não há avivamento. É preciso comunhão com Deus para surgir o autêntico avivamento.
3 – Perseverança na comunhão (Koinonia) – Ter comunhão uns com os outros é um sinal de que o Espírito Santo está trabalhando.
4 – Arrependimento – Arrepender das práticas erradas é um passo importante rumo ao avivamento.
5 – Dedicação a missões – O mover do Espírito habilita todo cristão a pregar o evangelho a toda criatura.
6 – Ação social – Avivamento traz uma comoção social. Avivamento é acompanhada de compaixão para com o próximo. O Espírito Santo tira o egocentrismo e coloca a comunhão.
Concluímos então que avivamento é, sem dúvida alguma, transformação de vida por intermédio da obra do Espírito Santo, pois somente ele pode moldar o ser humano e enxerta as práticas acima citadas.
Avivamento não é apenas barulho, não, barulho, aliás, é efeito e não causa. Avivamento não é emocionalismo, visto que emoção é apenas um ato instantâneo, sem efeito longo. Além do mais, avivamento não mexe apenas com as emoções do ser humano, mas abrange o seu todo.
Avivamento é resgatar valores sadios antes abandonados, é voltar ao primeiro amor. Por fim, avivamento é despertamento espiritual.
Avivamento é o que precisamos hoje, por isso vamos todos dizer: “Aviva Senhor a sua obra” HC 3. 2.
Observação: Este artigo foi escrito por mim e publicado no orgão oficial de informação das Assembleias de Deus do Ministério de Igarapava, jornal 'O Atalaia da Paz'. Transcrevo o aqui para que os leitores de lugares mais longínquos, leiam e se edifiquem.
Cordialmente,
Weder Fernando Moreira
Parabéns pela excelente reflexão sobre o assunto, irmão Weder.
ResponderExcluirCerto dia ouvi que quem lida com dinheiro, obras de arte e jóias, por exemplo, são treinados para reconhecer o verdadeiro e todas as características inerentes a ele, daí fica fácil identificar o falso.
Daí a importância de seu post.
Saudações de paz no nome glorioso de Jesus.
Irmão Gerson Luiz,
ResponderExcluirSaudações Cristãs!
Obrigado!
Necessitamos urgentemente de reconhecer e receber o verdadeiro avivamento.
Cordialmente,
Weder F. Moreira