O voto do Nazireado
A Escritura Sagrada nos fornece a informação de que Sansão (Juízes 15.5), Samuel (1 Samuel 1.11) e João Batista (Lucas 1.15), foram homens escolhidos por Deus para obras específicas e especiais. No chamamento desses homens, o Eterno requeriu que eles cumprissem o voto do nazireado.
O nazireado era um voto especial que a Lei de Moisés estabelecia para aqueles que, voluntariamente, desejassem abster-se de alguns elementos prazerosos a fim de santificarem suas vidas ao Criador.
A palavra nazireu significa, consagrado. Era uma espécie de asceticismo, que visava exclusivamente a santidade perante Deus (Números 61-21).
Os nazireus abstinham-se de coisas que eram agradáveis à carne como sinal de que buscavam imitar a pureza do Deus que é Santo (Levítco 20.7). As regras do nazireado tratadas em Números 6.1-21, demonstram que a lei propriamente dita, a Torah, não abordava a abnegação dos itens listado neste capítulo de Números. Ou seja, a abstenção desses itens eram volutárias e tinha como propósito implícito dizer a Deus: Eterno, a lei do Senhor não diz que devemos renunciar esses elementos, mas nós queremos renunciar por livre e natural vontade, como prova de que queremos ser santos, pois o Senhor assim o é.
Conforme Números 6.1-21, os nazireus deveriam abster-se de:
1- Vinho
2- Bebida forte
3- Vinagre
4- Uvas
5- Nada relacionado a vinha (de sementes até as cascas)
6- Não poderiam passar navalha na cabeça (cabelo crescido)
7- Não aproximar-se de cadáver
8- Não ir a velórios.
O descumprimento dessas regras fazia com que o voto especial do nazireado tivesse seu efeito quebrado, e era necessário um processo de sacrifícios para a renovação do mesmo.
Tanto o Antigo, quanto o Novo Testamento, mostram o voto do nazireado em ação nos tempos bíblicos. Todavia, um erro muito comum tem acometido os leigos de nossas igrejas. Há relativa confusão se Jesus também foi nazireu. O fato das Escrituras citarem Jesus com a designação de nazareno, traz dúvidas pertinentes que devem ser sanadas. Aliás, há muitos pregadores por aí afirmando tal assertiva, o que é, no mínimo, um erro grosseiro.
Tendo isso em mente, quero provar, de uma vez por todas, que Jesus não foi nazireu.
Isso por quatro razões:
1- Jesus bebeu vinho ( Lucas 22.20; Mateus 26.27 e 1 Coríntios 11.25);
2- Jesus tomou vinagre (João 19.28-30; Marcos 15.36 e Mateus 27.48);
3- Jesus se aproximou de cadáveres (Marcos 5.41; Lucas 8.49 e Mateus 9.23-26);
4- Jesus frequentou velórios (Lucas 7.11-17 e João 11.1-46).
Esses textos provam cabalmente que Jesus não era nazireu, e o fato de ser citado como nazareno refere-se a sua cidade de criação, Nazaré, e não ao voto especial do nazireado. Indubitavelmente, isso não tem nada a ver! Isso que, a princípio, parece ser óbvio tem feito a "cabeça" de muitos irmãos leigos, o que nos motiva sempre a estudar e a incentivar os nossos irmãos a seguirem o mesmo caminho.
Cordialmente,
Weder F. Moreira
Paz,
ResponderExcluirSeguindo este blog pelo Prossigo para o Alvo...
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Abraços!
Caro e dileto irmão Robson Silva, Shalom!
ResponderExcluirObrigado por seguir este blog. Certamente visitarei seu.
Grato.
Weder F. Moreira
Glórias a Deus. 🙏
ResponderExcluirInterpretação inspirada por Deus; dentro do contexto bíblico, sem tirar nem pôr. A palavra de Deus é a verdade, e você, meu irmão, disse a verdade. Que Deus te dê mais sabedoria pra explicar textos escriturísticos e de forma clara, um texto limpo e organizado, para nós auxiliar a compreensão. Parabéns. A paz do Senhor.