Uma lição na fila
Há
algumas coisas que me aborrecem. Uma delas são filas. Filas me aborrecem
porque testam minha paciência e me cansam. Infelizmente algumas vezes
não posso evitá-las, hoje foi assim. Lá estava eu, na minha angustiante
tarefa em uma casa lotérica a fim de pagar uma conta. Uma fila de
aproximadamente 25 pessoas, muitas conversas, muitos reencontros.
Parece-me que é nessas horas que cessa-se um pouco
a correria cotidiana e as pessoas se abrem para conversar, por incrível
que pareça há sempre alguém conhecido numa dessas filas. A fila em que
eu me encontrava era típica. Diálogo de diversos assuntos, alguns
falando mais alto outros nem tanto, política, governo, saúde, estudos,
trabalho e futebol foram os assuntos do pessoal da fila. Eu, como bom
observador, notava e refletia sobre tudo aquilo. Acontece que bem a
minha frente havia um sujeito que muito sorridente e falante, foi
surpreendido por outra pessoa que acabara de entrar no local e lhe: "E
aí fulano, como vai? É hoje hein...".
Ao passo que este respondeu alegre e quase saltitante: "Pois é! É hoje que o coringão acaba com aqueles argentinos".
Não é que eu estava bisbilhotando conversa alheia, não! É que todos
escutaram a conversa que durou mais alguns minutos em torno do mesmo
assunto. Mais algumas pessoas entusiasmadas também aderiram ao diálogo.
Enquanto contemplava esta cena o Espírito Santo me fez pensar. Não
pensei nas táticas futebolísticas, nem na escalação, muito menos no
time. Afinal, pouco me importa o resultado deste jogo. O Espírito Santo
trouxe-me uma lição espiritual.
Ao notar o entusiasmo e a
ansiosidade daquelas pessoas entorno de uma partida de futebol, fiquei
cheio de uma "santa inveja". Nós, crentes em Cristo não temos o mesmo
entusiasmo e falta-nos a ansiosidade para a volta iminente de Jesus.
Aquelas pessoas estavam e estão a espera de um evento que é banal e fútil,
mas aguardavam e aguardam a partida de uma maneira única. A Igreja de
Cristo na terra perdeu um pouco esta marca. Não vemos os crentes se
encontrarem nas filas dos bancos, das lotéricas ou de qualquer local
público e dizerem: "E aí irmão, pode ser hoje a volta de Cristo hein?!".
Não estamos aguardando ansiosamente o toque da trombeta. Precisamos
resgatar o que o apóstolo do amor, João disse no livro do Apocalipse:
"Maranata! Ora vem Senhor Jesus!". A Igreja não pode viver como se o seu
Noivo não viesse voltar. Não podemos andar desapercebidos e desatentos.
Anseie pela volta do nosso Senhor, se entusiasme com ela e, acima de
tudo, aguarde por este evento como se ele pudesse acontecer a qualquer
momento.
Pense nisso!
Graça e Paz!
Ev. Weder F. Moreira
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