Resposta aos propagadores da falaciosa Teologia da Prosperidade

DANDO GRAÇAS EM TUDO: UMA RESPOSTA BÍBLICA AOS PROPAGADORES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

"Determinação" é a palavra que recheia os hinos e pregações dos dias atuais. Chavões do tipo: "determine”, "profetize”, "não aceito isto ou aquilo", está presente na maioria dos cultos evangélicos. Nunca o ensino bíblico genuíno foi tão desprezado por aqueles que se dizem cristãos como hoje, pois se é propagado um evangelho centralizado no ego, fortalecendo o eu, afastando a Cristo e coroando o homem. Pergunto-me qual seria a manifestação do apóstolo dos gentios ao contemplar o desprezo das doutrinas que um dia recebera do Senhor (1CO 11.23) e transmitiu a igreja.


Em 1TS 5.18 o apóstolo Paulo deixa um ensino aos irmãos: "em tudo dai graça, porque esta é a vontade de Deus...", este também é um ensino abrangente e universal, para os cristãos de todas as épocas, nota-se que nos é revelado a vontade de Deus, Ele deseja que seus filhos sejam agradecidos, que lhes deem graças em todas as circunstâncias da vida. Já dizia o salmista "bendize ó minha alma ao Senhor" ( SL 103). Jó também dava graças em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins (JÓ 1.21); o próprio filho de Deus dava graças (MT11.25); (JO11.41), com certeza os ensinos do homem que disse que sabia se contentar com tudo não é prezado pelos adeptos da teologia da prosperidade (FP 4:11), pois estes não são contentes com o que possuem, suas palavras e ações comprovam que não são contentes nem mesmo com Deus.

Muitos cristãos pobres não se contentam com o que possuem, só acreditam que Deus está a lhes ouvir se enriquecerem, não querem chorar para serem consolados (MT 5.4), pelo contrário, querem um reino aqui na terra. Um evangelho que apresenta a salvação como bênção maior não lhes é suficiente (LC 10:20), só esperam no Senhor nesta vida (1CO15.19), para estes o apóstolo Paulo não foi um cristão bem sucedido, pois ao apresentar a lista de sofrimentos que lhe sobreveio (2CO 11.24-33) tornou-se inaceitável, principalmente na vida de uma pessoa (que segundo eles) dizem ter comunhão com Deus.

Porque o apóstolo não "determinou” que o navio não naufragasse? Porque não "profetizou” abundância aos cristãos pobres da Judéia? Porque não "declarou” que estava livre do espinho na carne? Pelo contrario deu graça em tudo e nos deixou o exemplo (1CO 11.1), portanto a alegria do cristão não se baseia nos bens que possui, mas em ter o nome escrito no livro da vida (LC 10.20).


*OBS: Este artigo foi redigido pelo irmão Antonio Adson, que após sentir, da parte de Deus, o desejo de publicá-lo enviou-o via e-mail e solicitou a avaliação para, se possível, publicar neste local. Sendo aprovado, venho hoje publicá-lo.


ANTONIO ADSON RODRIGUES, 24 anos, casado, superintendente da EBD, diácono, formado no curso médio de teologia pela EETAD e pertencente à Assembleia de Deus - CADESGO, filiada a CGADB.