Bispo, apóstolo, patriarca ou VICE-DEUS?
Não é de hoje que o ser humano busca um reconhecimento perante a sociedade. Isso, aliás, é normal e deve ser buscado, porém veremos que para se fazer isso não é necessário nenhuma ação demasiada, muito menos autoproclamação.
A busca incessável do homem - quando digo homem, estou dizendo do ser humano de uma modo geral, ou seja, homem e mulher - em conquistar seu espaço e angariar meios de assegurar-se, e tornar-se importante, tem deliberado em uma "onda" de casos de autoafirmação, cada um a sua forma, por meio de títulos, atos praticados, até mesmo de heroísmo calculado.
Desde os tempos bíblicos observamos essa prática, e há vários exemplos, dentre eles Herodes, que querendo divinizar-se, acabou mal (Atos 12. 20 - 25).
Nos dias que estamos, vemos ainda mais a prática do autoreconhecimento, há muitos por aí se autodenominando. Ultimamente tem surgido cada título eclesiástico, que há até um certo tom de ironia e humor. O derradeiro foi o título autoproclamado de um certo "líder", que se autoproclamou patriarca, sendo que o pior de tudo foi a aceitação do corpo ministerial daquele famoso ministério. Haja invencionice! Quanta presunção! Vaidade! Fatuidade! E todo o resto de palavras existentes no vocabulário português, que denotem esses significados...
Sabemos muito bem que ações como esta não condiz com a Bíblia Sagrada, nossa regra de fé.
No caso supracitado principalmente, pois, o vocábulo patriarca é tão especial que, apenas, foi utilizado no Novo Testamento para designar as vidas de Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Atos 2. 29; 7. 8-9 e Hebreus 7. 4). Personalidades estas que, assevero com toda segurança, foram homens "segundo o coração de Deus" (1 Samuel 13. 14 e Atos 13. 22); homens que realmente foram "amigos de Deus" (Tiago 2. 23).
Há outra diferença nesta recente autodenominação com a denominações patriarcais da Bíblia. Veja que não foi esses próprios homens, verdadeiros homens de Deus, que se autodenominaram, ao contrário, foram escolhidos por Deus e denominados por Deus, que através da inspiração divina fez com que os escritores sagrados, escrevessem e os admitissem como tais e no direito de receberem tais títulos. Outro fator relevante é o fato deste título não ser usado para empregar tarefa ministerial, é sim usado para indicar o chefe da nação ou da tribo no período do Antigo Testamento, mas nunca e jamais, para comunicar o desempenho de uma tarefa ministerial (Efésios 4. 11).
Que possamos voltar ao tempo em que a obra era feita, simplesmente, para o aperfeiçoamento dos santos, sem a necessidade do reconhecimento terreno e muito menos da necessidade para aparecer, julgando-nos sermos algo perante o Todo-Poderoso, ademais a Bíblia nos ensina o contrário (Filipenses 2. 3).
Nem bispo, nem apóstolo, muito menos patriarca, apenas SERVO!
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