quinta-feira, 28 de outubro de 2010

5 Pilares básicos da falaciosa Teologia da Prosperidade

5 Pilares básicos da falaciosa Teologia da Prosperidade



Nos últimos anos, muito tem se falado a cerca da falaciosa Teologia da Prosperidade.
Nos púlpitos, ensinamentos tem sido ministrado, nas salas de aula de Escola Dominical e de educação teológica também, matérias e artigos tem sido publicados em grande escala. Isso é, por sinal, muito bom.
Ao que parece, está havendo uma grande mobilização de líderes para coibir a difusão dessa Teologia enganosa e os seus fomentadores. Glória Deus!

Entretanto, por estar estudando o assunto recentemente, senti-me no direito de passar aos amados leitores o que refleti a cerca do assunto.

Sabemos muito bem que a Teologia da Prosperidade propagada nos EUA, é a que influi na comunidade cristã brasileira. Com origem na vida de Essek W. Kenyon (1867-1948) a aludida teologia vem ganhando, desde então, muitos adeptos.

Para entendermos basicamente o quão errônea é essa doutrina, vejamos os cinco pilares que são a base de toda sua estrutura.

1 - A teologia da prosperidade entende que todos os cristãos devem prosperar, desde que se transformem em fiéis e devotos dizimistas e ofertantes.

2 - A teologia da prosperidade entende que todos os cristão devem prosperar, desde que se tornem plenamente conhecedores de seus direitos de prosperidade, assegurados pela Palavra de Deus.

3 - A teologia da prosperidade entende que todos os cristãos devem prosperar, desde que saibam reivindicar e exigir junto a Deus o cumprimento desses direitos.

4 - A teologia da prosperidade entende que todos os cristãos devem prosperar, desde que saibam permanecer firmes e convictas em suas exigências junto a Deus.

5 - A teologia da prosperidade entende que todos os cristãos devem prosperar, desde que estejam libertas de influências ou possessões demoníacas.

Diante do exposto, vejamos a refutação, uma-a-uma, de cada pilar.

1 - A hipervalorização do dízimo e o papel extra da oferta
O dízimo é uma ordenança de Deus, porém, não deve ser valorizado como um sinal de negociata com Deus. "Dei meu dízimo, agora quero minha riqueza". Não é assim que funciona, Deus não é nosso servo e muito menos escravo. O Todo-Poderoso não aceita o dízimo em sentido de barganha. Não! Ele abençoa a vida de quem busca, mesmo no pouco, manter sua fidelidade a Ele. É preciso dar por livre e espontânea vontade, nem com tristeza ou por necessidade, mas sim com alegria (2 Co 9.7).
As ofertas não são garantias de riquezas terrenas. Não é um seguro que se paga que cobre qualquer dificuldade e logo da resultado. Não! Somos ofertantes porque isso é um sinal de fidelidade e agradecimento a Deus, não um seguro-previdência. Outrossim, não importa o valor, desde que seja compatível e proporcional - tem cristãos que podem ofertar certa quantia, mas não dão, pois, acham ser muito, isso é avareza e avareza é pecado (I Co 6.10).
Para complementar, leia a passagem de Lucas 21. 1 - 4.

2 - Um direito inexistente (engloba os pilares 2,3 e 4)
O homem não têm direito nenhum de reivindicar e exigir de Deus sua prosperidade material.
Deus derrama as bênçãos como bem lhe aprouver (Ec 3. 9 - 15).
Ademais, somos nós que somos servos e não o contrário. É Deus que é soberano e magnífico, nós, apenas somos necessitados de sua misericórida (Lm 3.22).
Não temos direito algum de exigir riquezas materiais diante do Criador. Esse é um grande problema para os fomentadores da teologia da prosperidade, pois, eles trocam o Deus Todo-Poderoso, Criador do Universo, e o colocam como servo e o ser humano, miserável e pecador, como o senhor. Quanta presunção! Senhor só existe um, é o Pai da Eternidade, a ele glória e honra eternamente ( Rm 11. 33 - 36).

3 - A satanização da pobreza
Para os propagadores da teologia da prosperidade, permanecer pobre depois de saber dos "direitos" que a Palavra de Deus garante, é estar escravizado por satanás.
Alguns chegam ao cúmulo de dizer que é pecado ser pobre (então sou o mais miserável, risos).
Porém, à luz das Escrituras esses argumentos e pressupostos caem por terra. Não estou dizendo aqui, que não devemos buscar melhorias de vida, pelo contrário, o cristão deve sim, porém, sem exigir ou negociar com Deus.
Deus é abençador, mas, tudo depende dEle e não de mim. Quem sou eu para exigir riquezas
de Deus?
Além do mais, os ditos profetas dessa teologia, não enxergam os fatores que rodeiam os mais pobres, não procuram ver as raízes estruturais da pobreza, do desemprego, os interesses gananciosos por detrás da concentração de renda. Simplesmente, ignoram isso tudo e atribuem a possesão demoníaca.
Faça essa reflexão.

A teologia da prosperidade exalta engonosamente as riquezas materiais em detrimento de outras prosperidades em nossas vidas. Você é rico espiritualmente? Tem boa saúde? Falta o alimento?
Nosso Deus deseja que sejamos prósperos (Sl 35.27) - não apenas materialmente, mas, no sentido de uma vida plena a ser buscada diariamente pela fé em Jesus e viver segundo o seu exemplo.
Pensemo-nos nisso. As vezes somos prósperos e nem percebemos.


Em Cristo, o Deus que abençoa e prospera aqueles que Ele deseja,

Weder F. Moreira

2 comentários:

  1. "Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O Senhor, que ama a prosperidade do seu servo, seja engrandecido." Salmos 35.27...

    Eu acredito que Deus possa me fazer prosperar, mas nunca fui ensinado na minha Igreja esses 5 pilares aí... Não é bem assim...

    Prosperidade é acúmulo de bens?

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  2. Caro irmão Silas Yudi,

    Fico grato pela sua presença no meu blog e pelo seu comentário. Deus o abençoe. Porém, creio que o irmão não entendeu o que escrevi. Peço, humildemente, que releia.
    Ademais, este estudo permeia, de modo geral, a estrutura básica da teologia da prosperidade. Veja que em meu texto não há uma particularização, é um apanhado geral.
    Foi estudado as semelhanças dessa teologia, e foi notado que todas têm igualdades nos aspectos citadas no texto.

    Cordialmente,

    Weder F. Moreira

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